O defeito é sempre dos outros. Nós? Ter culpa de alguma coisa? Nunca na vida! Somos perfeitos. Somos absolutamente ridículos nesta crença na perfeição.
Somos preguiçosos, típico português. Cansa pensar e tentar perceber onde nós falhámos, o que nos obriga imediatamente a traçar de novo todo o caminho que percorremos para chegar onde queríamos; enquanto que o outro é sempre mais fácil ser o culpado, o terrível, o defeituoso. O que nos rodeia está sempre sujeito às mudanças que implementamos e já que somos perfeitos, os outros que se adaptem as nossas mudanças porque, na verdade, não cometemos qualquer tipo de falha. Concentramo-nos nos nossos interesses, ambições e desejos profundos e nem reparamos no terreno que pisamos, as fissuras que atravessamos e os seres indefesos e justos que calcamos para chegar exactamente onde pretendemos chegar. E se pelo caminho errarmos, pensamos sempre o contrário: a nossa opinião corresponde à verdade, a dos outros é que não. Custa sempre um bocadinho encostar mágoas e rancores e admitir nem que seja uma pitada de culpa, esse juízo falso que nos atormenta todos os dias das nossas vidas. Custa sempre bater com a cabeça na parede e observar que afinal a culpa foi nossa pois isso irá pesar-nos a consciência, causar insónias e provocar tristezas.
Esta altivez que consumimos diariamente, quando exagerada, destrói-nos como seres humanos, torna-nos soberbos.
Quando se erra algo todos se lembram, difícil é lembrar todas as vezes em que acertamos.
Somos preguiçosos, típico português. Cansa pensar e tentar perceber onde nós falhámos, o que nos obriga imediatamente a traçar de novo todo o caminho que percorremos para chegar onde queríamos; enquanto que o outro é sempre mais fácil ser o culpado, o terrível, o defeituoso. O que nos rodeia está sempre sujeito às mudanças que implementamos e já que somos perfeitos, os outros que se adaptem as nossas mudanças porque, na verdade, não cometemos qualquer tipo de falha. Concentramo-nos nos nossos interesses, ambições e desejos profundos e nem reparamos no terreno que pisamos, as fissuras que atravessamos e os seres indefesos e justos que calcamos para chegar exactamente onde pretendemos chegar. E se pelo caminho errarmos, pensamos sempre o contrário: a nossa opinião corresponde à verdade, a dos outros é que não. Custa sempre um bocadinho encostar mágoas e rancores e admitir nem que seja uma pitada de culpa, esse juízo falso que nos atormenta todos os dias das nossas vidas. Custa sempre bater com a cabeça na parede e observar que afinal a culpa foi nossa pois isso irá pesar-nos a consciência, causar insónias e provocar tristezas.
Esta altivez que consumimos diariamente, quando exagerada, destrói-nos como seres humanos, torna-nos soberbos.
Quando se erra algo todos se lembram, difícil é lembrar todas as vezes em que acertamos.