segunda-feira, 11 de agosto de 2008

historias ?


E lá está ele novamente. Descontraido, querendo sempre meter o bigode onde não é chamado, continua a penetrar noutras almas, olhando por entre os corpos, procurando com os seus olhos grandes e pretos, a alma mais desejada, a mais bela. Não pensa nas consequências dos seus actos. Só pensa em atingir o seu único objectivo. Muitas almas só querem que ele o concretize, só querem um segundo de paz, tentando desanuviar de toda a maldade que ele fez. Ele caminha, caminha.. Ancioso, só consegue ver a beleza da alma que a sente cada vez mais próxima. Ele sai fora de si, ele fica descontrolado e perde todos os sentidos. É este o momento mais chocante da história, o momento em que toda a gente à sua volta sofre. Entra por entre os ventos, sobe por entre as árvores, voa por entre as nuvens, alcança ceus, mundos, poderes. É o interminável chefe, o todo-poderoso. Não é só filosofia, muito menos história da 2ª guerra mundial. Ele existe, toda a gente quer saber onde ele se encontra. Todas as almas querem descobrir como alguém consegue ser tão cruel, como alguém consegue dominar mundos e mundos sem fim, consegue controlar o mais incontrolável, consegue fazer tudo para encontrar a sua princesa. Ninguém sabe se é amor, ou pura fixação. É algo que não sai das almas das pessoas. mas afinal, quem és tu ?

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

(artes.)


Abraço uma perdição que me foi oferecida à nascença. Um dom, uma maldição que me acompanha a cada gesto, cada inspirar. Perco-me em tudo e em nada, a arte da decadência floresce em mim. Tudo tem a sua arte, até mesmo saber cair. Saber perder o controlo de tudo o que nos rodeia, e dançar enquanto tudo à nossa volta desmorona. É a última dança, mas que seja a mais bela de todas, que seja a dança que nos retira o fôlego pela última vez. Sentir o coração a fugir-nos do peito atrás da vida que se perdeu. Amar o negro que nos envolve a alma... e desfalecer no chão envenenado com a nossa alma gémea. É essa a arte de saber cair, a arte da decadência. É esse o meu dom, a minha maldição. E irá continuar assim, nada conseguirá mudar esta maldição. Espera, será "maldição" a palavra mais adequada ?
Eu cá penso que é mais uma forma de encarar a vida.