sexta-feira, 30 de julho de 2010

preciso de ti

"It's been minutes it's been days, It's been all I will remember. Happy lost in your hair and the cold side of the pillow. Your hills and valleys are mapped by my intrepid fingers and in a naked slumber, I dream all this again."
 
Isto de brincar ao gato e ao rato não é para mim. Acho que só hoje me apercebi que és pouco mais que palavras bonitas e frases feitas, promessas sem fim e planos definidos; que actos não fazem, de todo, o teu género. Mas eu preciso de ti e estou cansada de precisar de ti. Só tu me sabes proteger de todos os males deste Mundo e só tu me deitas abaixo à frente de meio Mundo também. Mas eu preciso de ti nesta caminhada, o teu ombro ao meu lado, a tua mão na minha, o teu perfume na minha roupa, o teu andar alinhado com o meu e o teu apoio sempre que algum obstáculo surja. Quero ouvir da tua boca todos os detalhes do teu dia e não sabê-lo por terceiros onde já metade da historia é boato, uma vez que quem conta um conto acrescenta um ponto. Eu preciso de saber como vai essa tua vida, esse teu verão e essas tuas loucuras sem mim porque eu preciso de ti. Faz-me sentir viva só mais uma vez, eu preciso de ti comigo por muito cansada que esteja de necessitar demasiado desta tua presença. Complementa as tuas boas palavras com os teus actos perfeitos, eras tão delicado e exacto nessa combinação, sabias exactamente o que dizer e o que fazer sempre que a minha alma se desmoronava; tu eras sempre o mais calmo e o mais pensativo, eu era a mais impulsiva e inconsciente. Mas não penses que também não o foste, visto que habituaste-te rápido aos teus impulsos e à tua inconsciência que te tornava, aparentemente, saudável e feliz. Eu estou calma, pensativa, forte, decidida e muito mais pé atrás depois de tudo o que me ensinaste. Afinal, foram as tuas boas palavras que me fizeram parar antes de me pronunciar, foram as tuas boas palavras que me fizeram crescer e me ensinaram a percorrer esta caminhada sozinha, foram as tuas boas palavras que me conquistaram e me ensinaram que, por vezes, não são as boas palavras que fazem de nós boas pessoas e muitas as vezes só servem para conhecer mais um pouco do Mundo da ilusão, que deve ser o teu local de preferência para umas boas férias de Verão; fizeram-me ver, ou melhor, fizeram-me observar com olhos de gente e perspicácia de gato que mais vale ignorar as boas palavras que tentam entrar no nosso coração e que a vida não é feita de palavras, é feita de acções, demonstrações de carinho e que às vezes mais vale não dizer uma única palavra quando a nossa alma só precisa de algo que a aqueça, quando o nosso coração só precisa de um gesto que o acalme e quando os nossos olhos só necessitam de alguém que lhes seque as lágrimas. Mas sabes, foi a minha falta de perspicácia de gato e o facto de seres demasiado rato que me fizeram cair de amores por ti e aprender que nesta Vida mais vale correr sempre atrás do que nos escapa por entre os dedos, assim como os gatos gostam de perseguir os ratinhos pequeninos e indefesos; que nesta Vida precisamos sempre de quem nos suporte, de uma boa palavra para simplesmente nos alimentar o ego e que, por vezes, é bom viajar até ao Mundo rodeado de erros de percepção que consistem em fazer uma interpretação visual dos factos que não coincide com a realidade – se é que me percebes, meu doce, estas cruas palavras são o que te definem neste preciso momento. Mas eu preciso de ti, já não preciso das tuas boas palavras para alimentar a minha personalidade ou para criarem a ideia de que serás o meu pilar nesta caminhada, preciso que demonstres que poderei ter-te sempre comigo. Tu prometeste, lembras-te? 

"I wanna wake up where u are" hoje apetece-me dizer-te três palavrinhas."

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Crescimento


"I could quit but here's the thing, I love the playing field."

Não te sinto. Não te sinto quando passo pelos teus locais, não te sinto quando pegas nas tuas malas e instalas-te nesta casa como se fosse tua, deitas-te ao meu lado e acaricias-me o cabelo, deixando-me adormecer no teu ombro. Acordo e reparo que não te encontras ao meu lado e só resta uma única almofada, as tuas roupas desapareceram e o teu cheiro já não se faz sentir neste quarto. Não te sinto porque perdeste o teu dom de marcar cada passo teu, nem dei conta de quando fechaste a porta e seguiste a tua vida. Não te sinto quando sonho estes momentos contigo porque, na verdade, tu tens lá tempo para passar por cá, provavelmente já nem te lembras do atalho que te mostrei no outro dia, por entre arbustos e troncos espalhados pelo chão.
Não te sinto, mas vejo-te, consegues sentir a minha mão a percorrer o teu corpo? Não te sinto mas sei que estás em frente à minha casa a implorar-me que te abra a porta para que possamos jogar só mais uma vez. Meu doce, o tempo passou e levou com eles os nossos mistérios e jogos por quem nos apaixonamos, e tu deixaste-os ir com a maior das facilidades julgando que não necessitarias de voltar a este maldito vicio, que somos nós. Mas sabes, eu sonho em poder abrir-te a porta, sentir-te enquanto sobes as escadas e ouvir o bater do teu coração assim que nos sentamos no sofá a ver qualquer coisa ao qual não damos atenção alguma porque aqui, neste local, neste tempo e neste jogo, só importa a felicidade que sinto em estar ao teu lado. Aqui eu sinto, sinto a tua respiração. Arrepias-me em cada palavra que me diriges ao ouvido enquanto um sorriso se rasga no teu rosto e voltas a sentir as minhas mãos a percorrerem o teu corpo.
Mas eu não te sinto, por isso vais ficar à porta de casa o tempo que tu quiseres pois aquela menina que conheceste, está uma mulher que não se dedicará mais a jogos e mistérios que tentas desvendar, porque esta menina vai deixar que o tempo te leve assim como deixaste que ele levasse tudo o que julgarias sentir.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

let's have some fun


Vou só lá dar um saltinho e matar saudades por uns dias. Uma preparação antes da verdadeira semana que está quase a chegar!

quinta-feira, 22 de julho de 2010

E se vida fosse isto?

"E se a vida fosse isto? Tu chegas sempre depressa, vens a voar baixinho todos os dias na minha direcção, como desde a primeira vez em que te puxei. Não estavas à espera que eu fosse assim, foste a maior surpresa da minha vida, disseste-me entre duas piadas. Fazes-me rir muitas vezes, e deve ser por isso que, quando falas a sério, consigo perceber que és mesmo tu, muito mais tu do que quando te sentas a escrever disparates que fazem rir multidões.
O riso é o segredo universal do nosso entendimento. Há outros segredos, guardados no cheio, no toque, em tudo o que pensamos quando não estamos juntos, nas tardes intermináveis em que conversamos como velhos amigos enquanto nos olhamos, à espera doo momento certo para dar o próximo passo.
Não estamos habituados a isto, nem tu nem eu somos assim, sempre fizemos tudo o que nos passou pela cabeça, poucas vezes parámos para pensar. Mas agora é diferente, porque a vida não é isto, mas gostávamos que fosse, e é por isso que adiamos o momento certo que pode ser quando quisermos, um dia destes, com certeza.
O mais difícil já temos, equilíbrio e confiança, mesmo que nenhum de nós saiba o que quer, para onde vai e como lá chegar. Olho para ti e também não sei o que te faça, só sei que me fazes bem e que te quero por perto.
Nunca percebi a natureza dos homens. A vida só me ensinou a aceitar as diferenças que reconheço mas não explico, apesar de viver a decifrar os sinais da vida. Vejo em ti defeitos que noutros homens me fariam recuar de forma irreversível e que me fazem apensas pensar que, se fosse homem, seria como tu. A tolerância é uma virtude que se aprende da pior forma. Com vinte anos achamos que somos os donos do mundo; aos trinta, instalam-se as dúvidas existenciais; e quando os quarenta se aproximam e percebemos que o mundo à nossa volta se encolhe, voltamos à base, riso e entendimento, é como se voltássemos às tardes de Verão com bombas na piscina, o prazer dos primeiros charros, tostas mistas e iogurtes líquidos, tu deitado numa espreguiçadeira a cobiçar-me as pernas e o peito, e eu a olhar para ti e a pensar que se a vida fosse isto, com altos e baixos, momentos melhores e piores, fazias-me feliz, tão feliz como quando tinha quinze anos e me apaixonei por um miúdo parecido contigo que também me fazia rir como tu." (mrp)


Se eu fosse a dona do tempo, voltava atrás e lia este texto antes de pegar nas chaves, fechar a porta e ir ter contigo. Guardava-o no bolso para me lembrar de que a vida não é feita da maneira mais delicada que idealizamos que é, que os altos e baixos servem para nos fortalecer nesta corrida contra o tempo e que as tardes loucas de Verão são as melhores das nossas vidas. Que tristezas e mágoas servem para ficar na carteira junto aos papéis rasgados e lenços encharcados, que mais vale correr para ti sempre que me viras as costas porque na hora a seguir poderá ser tarde demais. Que palavras cruéis servem para se atirar aos ventos fortes e que o nosso entendimento e o nosso riso pertencem à estrada perfeita rumo à felicidade. Se eu fosse a dona do tempo, lembrava-me que a vida não é feita de loucuras que nos passam pela cabeça, que tu tinhas o Mundo nas tuas mãos e eu guardava o teu coração como que eternos confidentes que não se contentavam com curtas loucuras de vez em quando. Lembrava-me que éramos feitos de uma constante partilha e confiança, que apenas importava o nosso pequenino esforço que nos tornava extremamente felizes em cada momento nosso. Voltava atrás, pegava nas nossas fotografias de tardes de Verão e colava outra vez na parede onde se encontram “as pequenas partes de um todo”. Voltava atrás e tocava à tua campainha assim que passara à tua porta em vez de me sentar ao lado e parar no tempo à espera que um passarinho viesse ter comigo para me aconselhar, como se fosse possível os dias serem todos quentes e o dinheiro cair das nuvens.
Mas eu não sou a dona do tempo e não posso voltar atrás. Tu continuas a ser a minha maior lição de vida e a melhor parte deste meu todo crescimento e eu continuo a ser a menina que te deve metade do Mundo que tinhas em mãos e que se faz à vida antes que a vida lhe pregue alguma partida e que bata com o nariz no chão!

quarta-feira, 21 de julho de 2010

never leave that...

A couple of hundred years ago, Benjamin Franklin shared with the world the secret of his success. Never leave that till tomorrow, he said, which you can do today. This is the man who discovered electricity. You think more people would listen to what he had to say. I don't know why we put things off, but if I had to guess, I'd have to say it has a lot to do with fear. Fear of failure, fear of rejection, sometimes the fear is just of making a decision, because what if you're wrong? What if you're making a mistake you can't undo? The early bird catches the worm. A stitch in time saves nine. He who hesitates is lost. We can't pretend we hadn't been told. We've all heard the proverbs, heard the philosophers, heard our grandparents warning us about wasted time, heard the damn poets urging us to seize the day. Still sometimes we have to see for ourselves. We have to make our own mistakes. We have to learn our own lessons. We have to sweep today's possibility under tomorrow's rug until we can't anymore. Until we finally understand for ourselves what Benjamin Franklin really meant. That knowing is better than wondering, that waking is better than sleeping, and even the biggest failure, even the worst, beat the hell out of never trying.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

voar com o vento


"A vida não passa disto, os momentos perfeitos servem para nos dar força para todos os outros e ensinam-nos que a eternidade às vezes só dura alguns momentos, mas entre caixotes, pó, memórias perdidas no tempo e a certeza que nunca mais entrarei na casa onde vivemos, guardo-te com o sabor dos chocolates que já viveram na mesma caixa onde agora repousas, sereno e pacificado como o meu mais perfeito companheiro, na doçura triste que sucede a desordem do amor."

Fazes-me voar com o vento, seguir os seus desejos e vaguear por locais desconhecidos. Fazes-me seguir os teus passos, colocar-te num pedestal e cair em teus braços.
Sou destemida e raramente me dou como vencida, tu sabes, tu tens esse dom de conhecer todos os meus cantinhos, todos os meus segredos, todos os meus medos, todos os meus olhares, todas as minhas palavras e todos os meus sentimentos. És um sortudo, sabias? Tens todos os dias o melhor de mim, mesmo quando a minha maior vontade é pegar em ti e enfiar-te dentro de um caixote do lixo a sete chaves para não sentir o meu coração a pulsar mais rápido sempre que te observa, e de preferência com a boca tapada para a minha pele não arrepiar assim que ouvir a tua voz. Mas tu tens o melhor de mim todos os dias, até mesmo nos dias em que não dirigimos a palavra um ao outro. Tens a tua caixinha dos segredos e eu tenho a minha e tenho os teus ventos que te enviam o melhor de mim. Tu apareces aqui às quatro horas da tarde e eu acordo feliz só de saber que poderei ver-te hoje e esquecer os longos dias que não te ponho a vista em cima. Sabes como é voltar a acordar assim? Não importa o tempo que se faz sentir lá fora, a roupa suja que ainda temos que lavar, a loiça espalhada da noite anterior nem mesmo o barulho tremendo dos vizinhos! Sabes há quanto tempo anseio por acordar assim outra vez? Voo com o vento porque o vento te traz até mim quando lhe peço, deixa-me olhar por ti sem tu dares por ela e faz-me acordar com vontade de sorrir para a vida.
Por isso eu não me queixo dos ventos quentes nem dos ventos frios, desde que eles façam o seu brilhante papel de mosquinha curiosa e me contem o teu dia ao pormenor para eu certificar-me que sorris para a vida como eu, meu fiel companheiro.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

hb nat



Os 17 foram assim, veremos agora os 18! *

sábado, 10 de julho de 2010

Saber falar, pensar, escolher

"Ask most people what they want out of life and the answer is simple - to be happy. Maybe it's this expectation though of wanting to be happy that just keeps us from ever getting there. Maybe the more we try to will ourselves to state's of bliss, the more confused we get - to the point where we don't recognize ourselves. Instead we just keep smiling - trying to be the happy people we wish we were. Until it eventually hits us, it's been there all along. Not in our dreams or our hopes but in the known, the comfortable, the familiar."


Esta vida aqui na Terra não é fácil, principalmente porque não se sabe viver. Vivemos em busca de eternas felicidades, sonhos realizados e facilidades, mesmo que para tal tenhamos que mergulhar na ilusão e na irrealidade. Pensamos pouco e, por isso, usamos as palavras mais fáceis e comuns para expressar tudo aquilo que nos vai na alma, nem que tenhamos que inventar assim só um bocadinho para parecer belo e profundo, terno e imortal, delicado e sentido. E soltamos um sorriso, enquanto pensamos que somos, de facto, muito bons em conquistar o coração dos outros! Regemo-nos pela lei do menor esforço, gastamos o nosso vocabulário e temos medo de enfrentar mudanças. Choramos demasiado aquilo que não temos em vez de apreciar o pouco que nos resta e desfrutamos pouco daquilo que temos porque pensamos que falta sempre qualquer coisa… vivemos em busca da perfeição e somos os seres mais imperfeitos de toda a história da Vida. Queremos ser felizes, para sempre. Acreditamos na eterna felicidade porque aquele ou aquela nos conquistaram o coração com doces palavras e carinhosos actos, mesmo que tenham sido os mais banais. Já que queremos tanto atingir a perfeição, podíamos todos parar uns segundos antes de falar e pensar antes de agir. O problema nem sempre está naquilo que se diz, está nas palavras que se utiliza e na forma como se expressa. A má interpretação afecta-nos a todos e é sempre mais fácil escolher o caminho mais próximo para descodificar o que está por detrás de olhares, palavras e sentimentos e eliminamos imediatamente todas as outras opções. A felicidade está ao alcance de cada um que saiba aproveitar o que tem em mão, que saiba parar e pensar na sua vida, que saiba aceitar as mudanças e os obstáculos que tem que enfrentar, que saiba acima de tudo escolher o dia certo, a hora certa e o coração perfeito.

quarta-feira, 7 de julho de 2010


Dedication is also a state of mind.