domingo, 7 de outubro de 2012

Pedacinhos de mim



Eu podia demonstrar a quantidade astronómica de  momentos fotografados,  revelar todos os  pormenores de cada fotografia.... Mas seria uma tarefa bastante complicada, diga-se. Há momentos que se guardam num cantinho, que se escondem nas nossas memórias e fazem os nossos dias valerem a pena. Há momentos em que não importa as horas, o local ou a disponibilidade das pessoas, importa a vontade de partilhar aquele momento e aquela história. E se o Verão valeu a pena, foi por estes momentos  de loucura, de viver ao máximo e não pensar  no dia a seguir. Foi a nossa necessidade de libertar tudo o que existia em nós e nos prendeu durante um ano de trabalho. E, meu amor, sabe tão bem partilhar este momentos todos contigo. Não há fotografia capaz de revelar a nossa cumplicidade, dedicação e amor; mas há momentos capazes para tal. E eu só espero que a memória nunca nos falhe, que os pormenores nunca se esqueçam e que todos os anos possamos recordar momentos como estes, férias como estas. 
Há pedacinhos em mim guardados e tu és o maior de todos eles. Estou preparada para o novo ano de trabalhos, para a nova etapa de descobertas e eu sei que tu me irás acompanhar em todos estes meus momentos. 




sábado, 26 de maio de 2012

Bom dia, (19)

Bom dia, meu amor.
Acho que hoje acordei inspirada. Um pouco mais que ontem e menos que amanhã, digo-te já. Mas não posso deixar passar ao lado o nosso dia 24, que foi há dois dias atrás, dia em que vivemos juntos, mas atarefados; juntos, mas ocupados; juntos, mas nunca esquecidos; juntos e sempre amados. Ora, isso não é o nosso dia-a-dia? Do you know how lovely you are? Que mesmo apesar das nossas tarefas de saúde misturadas com gestão, mesmo com as nossas poucas horas de sono diárias, mesmo com todas as nossas preocupações, és capaz de me ver todos os dias, de me abraçar e beijar todos os dias. E, diga-se de passagem, que não há um único dia em que não façamos as nossas tão belas e deliciosas caretas que tantos desconhecem, nem há um dia que passe sem te ver, muito menos estar só contigo apenas uma hora! Não, não somos mel, somos chocolate com avelãs, como aqueles que comemos todos os dias enquanto estamos a estudar, sabes? Somos assim, eu o chocolate e tu as avelãs, a combinação perfeita de um eterno amor. Vivemos todos os dias juntos porque felizmente temos oportunidade para tal, porque sei que em 10 minutos a pé me ponho em tua casa e tu na minha e que, por acaso, o autocarro que eu apanho para a faculdade é o mesmo que o teu, e mesmo que apanhemos a horas completamente diferentes (eu pela manhã cedo já antes das 8h e tu pelo fim da tarde), há sempre tempo para nós, ora esses autocarros não parassem logo à minha porta e à tua! Que se lixem os autocarros, só nos interessa o carro e os passeios de carro muito brevemente possíveis, meu excelente condutor. Eu até posso estar toda rota devido às minhas excelentes aulas de investigação, ou aquelas de prática clínica em que me ligas a falar todo fofinho e ouves as vezes das minhas queridas colegas enfermeiras (sim, nós as enfermeiras somos um tanto ou quanto apimentadas, um tanto ou quanto dóceis e sempre disponíveis), mas estou contigo, nem que durma um pouco ao teu lado para, quando acordar, aproveitar o que nos resta do dia. E se durante o dia não houver tempo, temos a noite toda pela frente, temos os serões de jantar já quase rotineiros e os passeios pela noite, nem que seja para apanhar um pouco de ar. Tu até podes estar com uma taquicardia mas eu sei que o meu abraço te acalma. Cada vez tenho mais a certeza de que o nosso caminho é este, eu, futura enfermeira dos meus prematuros e tu, futuro gestor de um hotel, juntos, lado a lado, todos os dias. Porque eu não sei o que seria de mim sem ti, sem ti para organizares o meu dia e planeares os nossos encontros. Porque eu não sei o que seria de mim se não tivesse passado estes 19 meses ao teu lado. Repito, estes belos 19 meses ao teu lado, 570 dias juntos, se calhar nem todos... 560, vá. Porque eu não sei onde estaria neste momento, se a desistir do dom de cuidar, se a preocupar-me com a química. Por isso, só me resta agradecer-te, por estes 19 meses que dizemos sempre que sabe a pouco, realmente o que são 19 meses comparados a uma vida? Porque este sorriso, esta alegria, este conforto, esta dedicação, esta companhia, este lado-a-lado, esta cumplicidade, esta confiança e este amor somos nós, todos os dias. Eu serei o teu eterno amor, tu e o meu. Vou agora acordar-te, bom dia bebé.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Só pra recordar um bocadinho...


...foi qualquer coisa. 
Serenata, Enfermagem Porto *

terça-feira, 1 de maio de 2012


A minha cor deste ano! 

domingo, 29 de abril de 2012

Biggest days



"You never know the biggest day of your life is the biggest day. Not until it's happening. You don't recognize the biggest day of your life, not until you're right in the middle of it."

(Abençoados pelo Jim Morrison)

quarta-feira, 18 de abril de 2012

O coração não funciona como um computador


“Penso na mulher em que me tornei, na vida que estou agora a viver, e em como sempre quis ser essa pessoa e viver essa vida, liberta da farsa de fingir ser alguém diferente de mim mesma. Penso em tudo aquilo que passei antes de chegar aqui e pergunto-me se terei sido eu – ou seja, este eu feliz e equilibrado – que puxei o meu outro eu mais jovem, mais confuso e mais lutador para a frente durante todos aqueles anos difíceis. O eu mais jovem era a bolota cheia de potencial, mas era o eu mais velho, o carvalho já existentes, que estava sempre a dizer: Sim, cresce! Muda! Evolui! Vem encontrar-te comigo aqui, onde já tenho uma existência plena e  madura! Preciso que cresças dentro de mim!”
(Elizabeth Gilbert – Comer Orar Amar)
Ando a aprender a falar espanhol. Não por opção própria, muito menos pelo desejo de conhecer essa língua que dizem ser tão acessível, mas por saber algo que não sei. Ou por  não ter tido outra opção. Ando aqui a pensar por que raio ando eu a aprender a falar espanhol. Não é que seja difícil, mas descobri uma particularidade bastante interessante, que não existe em muitas línguas. O conseguir esconder sentimentos entre as palavras, é que o ritmo é tão exagerado e tão festivo que as palavras não são capazes de transmitir emoções. Não seria tudo mais fácil se conseguíssemos esconder emoções naquele dia maldito? Talvez o destino me tivesse levado para um caminho onde eu, futura profissional numa área que admiro, tivesse que obrigatoriamente esquecer emoções e coloca-las num saquinho á parte, assim ao lado dos medicamentos e do estetoscópio. De vez em quando, lá me dariam oportunidade para os ir espreitar…
Mas, já que a minha consciência não se deixa muito levar por essas questões de obrigatoriedade no destino, deixo-a realmente ser a sua função: consciente. Pensar que, de facto, não são as aulas de espanhol que me ensinam a esconder emoções, são as experiências a que me agarrei que me ensinaram tal. Os hábitos que criei, ou melhor, os hábitos que tive que largar, obrigaram-me a disfarçar a quantidade de sentimentos que inspirava o meu coração.
Há pessoas que não entendem que o coração não funciona como um computador; não se pode formatar e guardar apenas o que se encontra nos meus documentos e descartar os programas que o fazem arrancar. Se o fosse, não existiam tantas mulheres a viver um grande amor nem tantos homens a perdê-lo. Nem a consciência, a tao hábil e poderosa razão, conseguirá dar as voltas ao nosso coração. Sempre ouvi dizer que não interessa tamanha razão que tenhamos, há sempre um dia em que a perdemos e há sempre batalhas que deixámos por conquistar. E a consciência perde a dela, até se esquece de lutar, pensando ela já nem valer a pena. Não esquecer que o cérebro não é nenhum leitor de música; não se pode fazer stop e play quando nos apetece. Fica tudo gravado, às vezes até o pormenor que mais nos incomoda. Por isso, é perfeitamente plausível que de repente nos ocorra uma lembrança, um momento, uma palavra, uma pessoa. É possível recordar diálogos e emoções, ou aquelas emoções que estavam escondidas por trás daquele diálogo.
Talvez terei de guardar as emoções aqui dentro, num cantinho, e lembrar-me delas de vez em quando. A não ser que o meu cérebro as relembre quando lhe apetece, e não a mim. Lamento se não sou assim, uma pedra incandescente que brilha a todo o segundo, feliz da vida. Lamento se o meu cérebro processa demasiado rápido as palavras e me deixa proferi-las e transforma-las em emoções. Que eu seja a emocional, mas que não me deixem guardar apertos no peito que aqui, o meu coração quentinho, já tem que chegue. Já o deixei guardar tudo aquilo que já tive para dizer, que já deixei por dizer, penso que a memória se esteja a esgotar e não há cá disco rígido que compense. Porque agora, mulher que me sinto, tenho a plena consciência de que deixei o meu coração sofrer demasiado, e talvez a minha mente, cansada de tanto pensar. E que não é por agora, neste preciso momento, transmitir tudo o que sinto que o farei de uma forma incorreta; pelo contrário, já poderei ter consciência para pensar um bocadinho antes.
Até que me faz bem relembrar panikes de chocolates, choros de riso e piadas sem qualquer piada; coisas que me aquecem a alma e me fazem, jamais, esconder emoções e guardar orgulhos.  Afinal de contas, as aulas de espanhol não me servem de nada. Já não escondo nada.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

You da one

Fica aqui um pequeno registo de que temos sempre tempo para festejar os nossos tão estimados momentos e o nosso eterno amor.
Da tua boneca.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

I'M BACK

Já tinha saudades deixar por aqui alguns retratos. Mas esta vida tem sido atarefada, demasiado até. Por agora vou tendo uma semaninha de férias depois de um árduo semestre concluído e arrumado!
Já tinha saudades de me deixar dormir pela manhã sem sentir a obrigação de algo, de não ter nada com que me preocupar e sentir o cheirinho do almoço a percorrer a casa. Já sentia falta de acordar nas horas em que o sol insiste em atormentar a minha estimada janela e andar de pijama pela casa a ouvir música com todo o tempo do mundo pois, de facto, já não tenho que almoçar em dez minutos nem correr para o autocarro, perdê-lo e ter de correr para o metro, chegar quase sem fôlego à faculdade e ainda ter de correr as salas para saber onde, de facto, será o meu exame. 
Eu confesso que funciono bastante melhor sob stress e com 4 horas de sono na cabeça e que quando tenho estes dias livres, o meu cérebro torna-se mais lento e preguiçoso. Mas se eu andasse todos os dias a mil bem que me dava uma coisinha má! Mas esta boa vida não vai durar muito tempo que na próxima semana já comecerei uma nova maratona, desta vez, com mais presenças nas aulas (prometo). 
Fica aqui a dica de que estou de volta e a minha vida de Enfermeira está agora mesmo a começar, enquanto que o meu jeitinho de cuidar do meu Peter Pan já começou há muito e irá permanecer.

Almost 16 :)