segunda-feira, 31 de agosto de 2009

you have the best of me



Even though we've changed and we're all finding our own place in the world, we all know that when the tears fall or the smile spreads across our face, we'll come to each other because no matter where this crazy world takes us, nothing will ever change so much to the point where we're not all still friends.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

inconsciência da influência


Somos tão banais, tão influenciados, tão inconstantes, tão … inconscientes! É isso, inconscientes. Adoramos pôr a carroça à frente dos bois e a noite à frente do dia, adoramos começar pelo prato da sobremesa e começar pela gargalhada antes da piada ser lançada ao ar. E é neste clima que vivemos, num clima de constante inconsciência que nos torna banais nestas nossas influências. E em tantas influências esquecemo-nos dos que realmente pintam o céu e o mar da nossa vida de azul e desenham em tons de amarelo os raios de sol quente no nosso dia-a-dia, esquecemo-nos de quem nos trava uma lágrima e a substitui por um ‘secret smile’. Todos passamos pelo mesmo, ora não fosse este o erro mais banal que actualmente se observa. O que se julgava ser cruel, actualmente é banal e, por isso, estes erros já são insignificantes e só interessa o que fazemos depois de cometer estes erros. Se os admitimos, se os corrigimos, se conseguimos passar uma borracha por cima das nuvens pintadas de cinzento no céu azul que outrora tenhamos rascunhado. Nesta época não gosto lá muito de ver nuvens cinzentas no meu céu, já por isso peço-te que as apagues, pois sei que não é isto que desejas. Sei que não és assim, que és capaz de colorir da melhor maneira o meu dia e rasgar-me o maior sorriso apesar dessa inconsciência que te influencia todos os dias.



p.s: voltei do belo campismo com as belas pessoas da minha vida (: *

terça-feira, 18 de agosto de 2009

hoje estou (...)


Estou calma, estou segura, estou confiante, estou alegre, estou animada, estou paciente, estou concentrada, estou preparada, estou firme, estou capaz, estou forte. E sabes como me senti assim? Quando te disse adeus. Afinal de contas, sou muito mais do que aquilo que julgas e sou tão melhor quando já nem te desejo. Estou realmente bem comigo, com tudo o que me rodeia.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

há dias assim


Custa escrever. Faltam as palavras para exprimir o que existe cá dentro. Ou talvez falte a inspiração. Há dias assim. Dias repletos de dúvidas e incertezas, ideias vagas e expressões mal entendidas. Há dias assim.
O ponteiro do relógio teima em não avançar, as estrelas teimam em não nascer e esta monotonia esgota-me. Há dias assim, que passam a uma lentidão profundamente irritante.
A paciência e a boa disposição decidiram ir de férias. Também têm direito, não contrario. Mas desapareceram na altura em que eu mais precisava delas. E há dias assim, dias em que por muito que queiramos escrever, as expressões são inteiramente vagas e as palavras custam a proferir. Há dias de pontos de interrogação e reticencias desenhados na minha cabeça e que não podem desaparecer com uma simples passagem de uma borracha. Se fosse assim tão fácil, não havia dias de chuva, nem dias de duvidas nem dias de expressões mal entendidas. E, por vezes, é bom viver dias assim. A vida não é um mar de rosas e se assim fosse não teria qualquer piada para ser vivida.
Há quatro coisas que não voltam para trás: a pedra atirada, a palavra dita, a ocasião perdida e o tempo passado. Há dias assim, que nem uma borracha consegue apagar a palavra dita no tempo passado na ocasião errada da memória. E isso dói…

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

estabilidade


A minha vida faz-me pensar. Passo horas a pensar na vida que tenho, a pensar se vale a pena viver esta vida que me persegue a cada minuto e dou mil e uma voltas à minha cabeça questionando-me se deverei viver outra vida se não a que vivo agora.
Hoje cheguei à conclusão que a minha vida, aquela que nunca me abandona, merece mais valor do que aquele que eu lhe atribuo. Porque razão deverei deixar a minha vida ir atrás da tua vida se a tua só me prejudica? Sinceramente, hoje apercebi-me que não preciso de ti para que a minha vida corra lindamente, e ainda bem. Cansei de te guardar em mim, cansei de te transportar e hoje libertei-me dessas tuas garras que tanto me aliciavam. Por isso, hoje estou bem, e a minha vida também. Hoje estou bem por não te ter, hoje a minha vida está feliz por não ser vivida por ti.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

infância


E tu, não gostavas de ser criança outra vez?

domingo, 2 de agosto de 2009

saber sonhar sabendo voar


Nunca saberás o que é a pobreza. Nunca necessitarás de recorrer aos actos mais obscuros para possuíres o que sonhaste desde a tua infância nem sentirás o calor do solo nos teus pés, queimando e deixando-os imundos.
Alias, tu não sabes o que é sonhar. Os teus sonhos estão repletos de futilidades e raparigas bailarinas dançando só para ti numa discoteca, com aquelas roupas escaldantes que te excitam. Se sonhas, tens. Se tens, não são sonhos. Sonhar é entrar no mundo quase impossível de alcançar, sonhar é voar alto e esquecer o que existe na terra. É desejar e não ter, é querer alcançar e não poder.
Um dia apresento-te o menino que conheci na rua, chama-se Rafael. Sabes, o Rafael nunca saiu do mundo da rua, nunca sentiu um banho de água quente nem tão pouco umas botas para a chuva. Rafael anda descalço na rua, estendendo a mão a todos os habitantes pedindo esmola para conseguir alimentar o seu estômago que faz ruído a toda a hora. Por vezes encontra uns chinelos no canto da rua, quando as pessoas se cansam de os usar e encostam, como quem encosta um saco do lixo depois de lá depositar os restos de um jantar. Um dia encontrou umas sapatilhas e uma bola de futebol; os seus olhos até cintilavam de alegria. A casa do Rafael – se é que lhe posso chamar casa – fica nos subúrbios da cidade, juntamente com os restantes sobreviventes daquela má vida. Rafael aprendeu a guardar para ele os seus próprios sonhos e por isso nunca soube lutar para os concretizar. Rascunha os seus papeis com um lápis encontrado no chão e vai escrevendo, escrevendo, escrevendo tudo o que sonha, como se os papeis o ouvissem e pudessem realizar cada letra desenhada. Fiz-me passar pelos seus papeis e, escavando as folhas, fui descobrindo cada palavra lá escondida por entre lágrimas derramadas. O sonho, o verdadeiro sonho do Rafael é sair da rua, é ter a sua própria vida. O seu sonho é ter uma casa para ele e para a sua mãe. O Rafael não conhece nem metade das marcas de roupa, sapatilhas e afins que tu usas diariamente, o Rafael desconhece as novas tecnologias e o cheiro dos perfumes. Por isso, não sonha com coisas tão supérfluas como estas. Os sonhos são criados pela magia, embrulhados pela fantasia e decorados pela alegria. E alegria não significa bens materiais, há algo que distingue o Rafael de um menino como tu. O Rafael é feliz, é feliz porque já conhece meio mundo e, independentemente do pouco que tem, do sitio onde vive, tem a mãe ao lado dele, tem o carinho e recebe o beijinho de boa noite sempre que o sono desperta. Apesar do pouco que sempre teve, nunca se influenciou pela má vida da rua. Os actos obscuros nunca o aliciaram e por isso o pequenino Rafael moldou-se às melhores qualidades, qualidades essas que provavelmente nunca as conhecerás.
O Rafael tem força de viver, coragem para enfrentar todos os perigos e o seu único sonho, aquele que o faz conhecer o branco das nuvens, o azul clarinho do céu e o único que o faz dialogar com os passarinhos, é habitar num mundo melhor.