quinta-feira, 28 de outubro de 2010

come into you


"You've got your ball
you've got your chain
tied to me tight, tie me up again
who's got the claws in you my friend
into your heart I'll beat again
sweet like candy to my soul
sweet you rock and sweet you roll
lost for you I'm so lost for you"

domingo, 24 de outubro de 2010

vamos sempre a tempo

“Gosto de arrumar a memória por capítulos, momentos-chave, etapas ou qualquer outra fórmula artificial que não me faça perder o sentido diacrónico da realidade que vivi e que me leve a acreditar que avancei, tantas vezes atrás do tempo, embora sempre a tempo, porque vamos sempre a tempo desde que saibamos aceitar e aprender. A vida espera sempre por nós, só a morte é que nunca espera.”

Vamos sempre a tempo de aproveitar o melhor tempo do mundo.
Nunca perderemos a oportunidade de recuar um passo, alterar o tal vocábulo que nos arruinou e substitui-lo por outro mais doce. Deixamos de ser doces e admirados a partir do momento em que nos perdem o respeito. Deixa-me tentar simplificar isto um bocadinho… Deixamos de ser admirados quando faltamos ao respeito a alguém. Esta tremenda vontade de querer a razão, de sermos, nós, os mais sinceros e menos problemáticos! Aceita-se, ironicamente, a complexidade de todos estes problemas que dariam a próxima novela da tvi, mas é de refutar a estupidez que tenta gloriar nestas mentes. Não seria muito mais fácil, nós, seres humanos sábios e espertos, procurarmos um tempo pequenino para pararmos, reflectirmos e admitirmos que, de facto, possuímos um bocadinho de culpa e que não vale a pena perder os restantes tempos a embaraçar? Enaltecer o respeito.
Vamos sempre a tempo de alcançar o melhor de nós; de procurar o tempo certo para dar inicio à nossa felicidade. E eu encontrei esse tempinho que me faz ver que vamos sempre a tempo de sermos felizes.

sábado, 16 de outubro de 2010

isto basta-me

O presente ganhou outra força, outro significado, novos contornos, muito mais belos e poderosos. O futuro ficou onde deve estar: no futuro. Gosto de sonhar que isto ou aquilo vai acontecer. Gosto de imaginar momentos que irão chegar com requintes de cenas cinematográficas, mas já não deposito nessas imagens a mesma energia, a minha carne e o meu sangue, como se da concretização desses sonhos dependesse a minha felicidade.
Felicidade é outra coisa; é ter olhos e poder ver o azul do mar através da minha bela janela, ouvir o canto tranquilo e conversador dos pássaros e saber que no final da tarde, antes de o dia terminar e enquanto a Lua já sobe, luminosa e manchada por cima da ponte na outra margem, existe alguém que irá meter a chave à porta, que irá subir as escadas para me abraçar, que me irá contar como correu o seu dia e ouvir-me sobre o meu, e depois sentarmo-nos à mesa, jantamos, conversamos e rimos como uma família normal, igual a todas as famílias unidas que ainda resistem às acrobacias emocionais que a existência vai semeando, qual armadilhas para corações mais atritos a devaneios adolescentes.
A felicidade é aqui e agora, hoje, daqui a um bocado. E quando sonho com o que ainda não tenho, a beleza dessas imagens mantém-se, e isso basta-me.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

céu e mar, pure blue

Somos como céu e o mar. Sempre tão juntos e tão distantes; sempre um tanto ou quanto inseparáveis como se apenas o seu horizonte nos unisse. Don’t you agree?
És o meu azul-marinho preferido e eu serei o teu azul-bebé de requinte, mas andamos com azar, meu caro. Estes terríveis algodões negros que formam a nossa fronteira tendem a afastar-nos até que a linha do cruzamento quase perfeito se perca na imensa nebulosidade.
Mas somos como o céu e o mar: tão idênticos e com funções tão distintas. Pacíficos, harmoniosos com uma pitada de crueldade e agressividade que tanto contrastam com a nossa beleza. Somos belos, admirados e o local perfeito para um desenlace: tu a esconderes o Sol nas tuas costas e eu a lançar o brilho da noite.
Afinal de contas, fugimos incessantemente ao pacto de frias, cruas e precisas palavras. Somos ambos uns corações moles repletos por uma certa melancolia que me faz… olhar para uma fotografia e concluir que, de facto, somos o céu e o mar: sempre na ilusão de que, um dia, nos voltaremos a encontrar.