terça-feira, 27 de abril de 2010

Orgulho, crença na perfeição


O defeito é sempre dos outros. Nós? Ter culpa de alguma coisa? Nunca na vida! Somos perfeitos. Somos absolutamente ridículos nesta crença na perfeição.
Somos preguiçosos, típico português. Cansa pensar e tentar perceber onde nós falhámos, o que nos obriga imediatamente a traçar de novo todo o caminho que percorremos para chegar onde queríamos; enquanto que o outro é sempre mais fácil ser o culpado, o terrível, o defeituoso. O que nos rodeia está sempre sujeito às mudanças que implementamos e já que somos perfeitos, os outros que se adaptem as nossas mudanças porque, na verdade, não cometemos qualquer tipo de falha. Concentramo-nos nos nossos interesses, ambições e desejos profundos e nem reparamos no terreno que pisamos, as fissuras que atravessamos e os seres indefesos e justos que calcamos para chegar exactamente onde pretendemos chegar. E se pelo caminho errarmos, pensamos sempre o contrário: a nossa opinião corresponde à verdade, a dos outros é que não. Custa sempre um bocadinho encostar mágoas e rancores e admitir nem que seja uma pitada de culpa, esse juízo falso que nos atormenta todos os dias das nossas vidas. Custa sempre bater com a cabeça na parede e observar que afinal a culpa foi nossa pois isso irá pesar-nos a consciência, causar insónias e provocar tristezas.
Esta altivez que consumimos diariamente, quando exagerada, destrói-nos como seres humanos, torna-nos soberbos.
Quando se erra algo todos se lembram, difícil é lembrar todas as vezes em que acertamos.

sábado, 17 de abril de 2010

grande união!



Eu digo o que eu penso
Não mereço o castigo que me oferecem 
(...)
por isso
Deixa, deixa, deixa eu dizer o que penso dessa vida
Preciso demais desabafar

quinta-feira, 15 de abril de 2010

construção planeada

"Não importa o quanto uma coisa nos magoa. Às vezes, deixá-la dói ainda mais."

Momentos filosóficos da minha vida que me obrigam a pensar sobre o que realmente construiu o meu passado. Fases inexactas dotadas de alguma dúvida e desilusão que se transformou em crescimento. Pensamentos recriados através de erros que me preenchiam por completo. Dores profundas que afligiam a minha alma e arrependimentos sistemáticos que me perseguiam. Mágoas, desgostos, infelicidades… e é por detrás destes olhares enevoados que desenho com muito cuidado cada letra das minhas palavras para que não fira susceptibilidades. Negros tempos que se tornaram em grandes momentos, momentos de auto-conhecimento e evolução. Pois não importa o tamanho da dor que isso me causou, não importam os inúmeros dias que me afugentei se todo esse percurso foi forma de aprender comigo mesma. Aliás, doía mais sempre que te largava…

segunda-feira, 12 de abril de 2010

love's time

Conhecimento adquirido pela razão. Razão de ser, existência do saber que me faz pensar.
Pensamento irreal. Realidade momentânea que me faz querer.
Desejo profundo. Leve sentimento que me faz chorar.
Lágrimas perdidas. Encontro imediato que me faz amar.
“Amor… amor é amor, não interessa se não devem ficar juntos.”

We don’t recognize the biggest day of our lives. Today we realize that there is no enough time because we want to live forever. We just know that… love is love and love comes back in the biggest day of our lives.

sábado, 10 de abril de 2010

the E-n-d

When the blood dries in my veins
And my, heart feels no more pain
I know, I'll be on my way
To heaven's door
I know when I knock
I'll be hoping I don't drop
To a place where I will rise, like before
I can feel, something happening
That I've never felt before
Hopeless dreaming will start
Dragging me away from heavens door

When my mind stops thinking
And my eyes stop blinking
I hope...
Somebody's there

When my heart stops beating
And my lungs stop breathing
In air...
I hope somebody cares

meu pequenino tesouro

Somos muito. Continuamos a ser muito um para o outro e eu continuarei a ser muito para ti e a fazer muito por ti, assim como fazes muito por mim. 
Best friends just won’t leave your side.

terça-feira, 6 de abril de 2010

somos o mesmo

“O amor significa preocuparmo-nos mais com a felicidade da outra pessoa que com a nossa própria felicidade, por muito dolorosas que as opções com que nos deparemos sejam.”

Gosto de te escrever nestes dias, nestes nossos dias. Hoje vou ficar por casa, aconchegada aos meus lençóis e agarrada aos meus doces que não dispenso numa tarde passada pelo meu lar. Hoje não tenho vontade para por os pés na rua, apesar do quente sol que se faz sentir lá fora mas apetece-me ficar por aqui, deitar-me na cama de barriga para o ar, olhar para o meu tecto branco e pensar. Hoje não quero ver ninguém, pesa-me a consciência. Fico-me por aqui a imaginar como vai a tua vida - e como vai a minha. Observo-te feliz e sei que és feliz com todas as letras que constituem a palavra. Eu sou feliz por ti. Esta felicidade que me fazes sentir é por saber que foste tu quem me trouxe o melhor da vida e que me ensinou que, de facto, amar alguém significa esquecermo-nos um bocadinho de nós e preocuparmo-nos mais com quem está ao nosso lado. E, mesmo que não estejas ao meu lado, eu não deixo de me preocupar contigo porque agarraste-me com unhas e dentes, prendeste-te a mim de forma tal que é impossível ignorar ou fazer de conta que nada aconteceu. E não é por eu te ver feliz de uma outra forma que vou passar a odiar-te, a desejar-te todo o mal do mundo ou fazer impossíveis para acabar com a tua felicidade. A isso eu chamo obsessão e falta de personalidade de alguém que, para além não saber sentir, não se sabe conhecer a si própria. A verdade é que ensinaste-me a descobrir um bocadinho de mim e eu ajudei-te a descobrir um bocadinho de ti porque amar é mesmo isto: saber ser e saber sentir. Fazes-me sentir uma grande mulher e eu sei que te fiz sentir um grande homem, mesmo por detrás de todos os contratempos com que nos deparávamos, pois era com cada erro que adquiríamos mais um bocadinho de conhecimento acerca do que sentíamos verdadeiramente.
Podíamos ter planeado a nossa despedida caso imaginássemos que iríamos destruir com o que tínhamos. Podíamos ter largado as nossas coisas no exacto local onde viramos as costas um ao outro e esquecer a nossa história nesse exacto momento. Mas, meu doce, nós já temos cabecinha suficiente para sabermos distinguir o correcto do incorrecto, o desejável do dispensável e sempre soubemos que o correcto e o desejável era guardarmos um bocadinho de nós cá dentro, fundir os nossos momentos em recordações e guardá-las na memória pois são estas pequeninas coisas que nos tornam em alguém melhor, num ser independente e capaz de definir as suas prioridades e as suas acções; sempre soubemos também que o incorrecto era jamais dirigirmos a palavra um ao outro, iríamos contra as confianças que juramos, não serem eternas, mas sim serem enquanto o nosso encontro for possível e que o dispensável seria guardar as nossas más palavras que, apesar de nos darem uma lição de vida, é preferível não voltar a referi-las.
Como vês ensinaste-me muito e eu sei que tu também aprendeste muito comigo. As nossas vidas irão andar cruzadas nos próximos tempos, e eu agradeço, pois o que realmente me dói é largar quem se tornou numa pequena parte da formação da minha própria pessoa. O que dói é perder quem nos atribuiu o mesmo valor, ou mais, do que aquele que lhe atribuímos, quem nos agarrou, quem nos fez amar a vida e ver o seu lado mais pacífico e dotado de ternura, quem nos fez pulsar o coração a cada gesto e a cada olhar, quem nos rasgou um sorriso na cara até mesmo nas alturas em que as nossas tristezas gloriavam o nosso dia e quem, de facto, nos ofereceu um coração e uma confiança em mãos, para que possamos cuidar e rectificar todas as impurezas.
Eu estou feliz por saber que não te perdi e que poderei seguir a minha vida tendo-te comigo, mesmo que não seja do mesmo modo que era há um ano atrás. Somos o mesmo, seremos exactamente o mesmo. Estou aqui, a cuidar de ti.

domingo, 4 de abril de 2010

a vida é tudo ou nada


Do que eu tenho mais saudades é de acordar e não me lembrar de nada, não sentir o cheiro que ficou neste meu quarto nem recordar o nosso tremendo passado. Sinto falta dessa sensação de liberdade que já passou por aqui há uns tempos de monotonia parcialmente eterna que se fundiu em nada. A vida é mais difícil do que aparenta ser e torna-nos extremamente fortes em cada momento. Cada experiencia funde-se numa vida pois nunca se sabe se será a ultima que iremos usufruir e temos sempre toda a energia do mundo para repetir mil e uma experiencias que vivenciamos, mesmo que estas percam o seu gosto a espontaneidade ou que nem correspondam às mesmas emoções. Pois é, a vida dá muitas voltas e nós nunca nos damos ao trabalho de lhe atribuir uma pitada de importância.
Por me lembrar agora de atribuir algum peso a esta minha vida perco medos e rancores, afirmo que tenho saudades de sentir-te porque talvez seja esta a minha última oportunidade para to dizer. Não é que ainda goste de ti, o gostar ou não gostar não se discute pois sempre fui da opinião de que isso é muito subjectivo e que é uma injustiça torna-lo em palavras que provavelmente não serão as mais correctas para os justificar. O meu coração jamais bate por ti, isso é uma verdade. O meu coração está nas minhas mãos e bate pela minha vida, pelos meus sonhos e pela minha força de vontade de atingir a minha meta; se bem que, assim de vez em quando, ele escapa-me por entre os dedos e esconde-se de mim decidindo habitar por momentos em águas passadas e desabafa comigo, referindo que não sente saudades de bater por ti mas sim de te sentir perto de mim. É este o paradoxo, ligeiramente controverso e contestado que gera o que sempre existiu entre nós: apesar de ser fácil agarrar a nossa atracção e o nosso sentimento, sempre foi difícil lidar com a nossa presença um no outro, já por isso é que convergíamos exactamente no mesmo ponto de onde partíamos anteriormente. E agora, apesar de o nosso sentimento ser tão nulo quanto à nossa atracção, o vazio ainda se sente. Sei que me percebes e tu sabes que eu te percebo pois felizmente sempre tivemos a segurança de crer um no outro permitindo uma certa familiaridade e um atrevimento de expulsar tudo o que existe cá dentro.
O tempo passou mais depressa do que pensávamos, o nosso tempo foi escasso, não me canso de o referir pois todos os dias chego a essa tremenda conclusão que me faz afogar nas minhas próprias palavras e apercebi-me que já não vivíamos cada dia como se fosse o último. Mas foi graças a cada vida que me ofereceste de mão beijada que eu aprendi a construir a minha própria personalidade, mesmo naqueles nossos dias meios cinzentos que desperdiçávamos.
Agora observo-te de longe, sentado no chão agarrado ao teu vício e à tua música com uma tremenda vontade de correr para ti, aquecer o meu coração e sentir-te em meus braços. Não sinto saudades de gostar de ti, sinto saudades de te ter perto de mim quando queria. Talvez ainda não tenha aprendido a lidar com o nosso pequenino tempo, a conjugar os nossos verbos nem consiga lidar com a tua presença na minha vida de uma outra forma. Mas sabes, a minha vida pode acabar amanhã, ou até mesmo quando eu acabar de escrever este texto e jamais poderei dizer-te a falta que me fazes. Por isso, a próxima vez que eu te observar de longe, vir que sentes falta de um ombro que te apoie, eu estarei lá, a agarrar a nossa confiança e a aquecer a minha e a tua alma.
A vida é tudo ou nada e tu sempre foste a minha alegria da manhã, o meu perfume preferido e o meu sonho perfeito. Isto sim, deixa saudades e faz-me soltar um sorriso só por saber que foste um todo de uma experiência que construiu a minha vida.

sábado, 3 de abril de 2010

dear john

"Two weeks together, that's all it took, two weeks for me to fall for you"