quinta-feira, 18 de setembro de 2008

por dizer (11h01 a.m)

E se eu dissesse que não há simplesmente palavras possíveis que consigam descrever todo este grandioso "Mundo" ? É verdade, é uma mistura do tudo e do nada. Não irei falar das famosas futilidades, esse assunto já entrou tantas vezes em debate que nem vale a pena repetir as mesmas palavras. Para entrar a 100 e sair a 200? Não.
Parece que algo me chamou, algo me envolveu, algo me cativou. Adorava que tudo fosse simples como nos mais conhecidos contos, aqueles em que têm um final feliz. (Acho que sinceramente, é o desejo de qualquer um.) Mas como não sou pessoa de entrar em demasiadas ilusões, prefiro limitar-me a olhar para a realidade e a fazer dela a minha própria vida. De que nos vale ficar sentados numa cadeira à espera que o que mais desejamos nos caia nas mãos? E se o 'vosso' maior desejo for parar às mãos de outra pessoa que também o deseja, irão conseguir agarrá-lo outra vez? Todos nós (penso) gostamos de sonhar e de acreditar que um dia, tudo vai ser exactamente igual ao que desenhamos na nossa mente. Somos tão ingénuos que chegamos ao ponto de ficar agarrados de tal forma a esse sonho, que, quando ele não se concretiza, vamos completamente ao fundo do poço e fechámo-nos no nosso quarto, ao qual eu chamo "o nosso Mundo".Fechamo-nos na nossa música, à qual dizemos " a musica da minha vida ". Fechamo-nos nas palavras trocadas, nas conversas sem fim ... Deixamos sempre que o orgulho nos envolva. Achamo-nos tão sentimentalistas e acabamos por ser uns fracassados e não conhecemos nada da Vida. Como é possível acharmo-nos sentimentalistas se ainda nem chegamos a metade do percurso da nossa vida? Se continuarmos assim, o que iremos dizer quando chegarmos à meta e passarmos a fita branca a uma velocidade imensamente reduzida (pois a capacidade de 'correr' já não é como agora) ? Ainda há tanto sentimento por descobrir, por decifrar. O "nosso" mal, o mal de todos os jovens, é basear-se apenas no que conhecem sem darem a oportunidade de o outro divulgar também os seus conhecimentos. Baseamo-nos demasiado no nosso orgulho, e é por isso que muitas vezes, deixamos sempre coisas por dizer/fazer.
Mais tarde (quando já tivermos todos 3 pernas) vamos sentir falta dos momentos "mal vividos" e vamos dar valor aos outros, não pelo mal que fizeram, mas sim por simplesmente tentarem dar tudo deles e por nos transmitirem todos os seus conhecimentos e a nossa estupidez, a nossa alma lhes disse "Não aceito".

domingo, 14 de setembro de 2008

a vivacidade persegue-me

"Não ajudo os outros com o objectivo de ser correspondida de igual forma".
Sempre foi uma das grandes frases da minha vida e nunca me arrependi de o dizer. Mas neste momento, sinceramente, já nem sei o que é melhor para mim. Serei eu capaz de continuar a dar todas as minhas forças a todos os que vejo com uma lágrima na cara? Já nem força suficiente tenho para mim, quanto mais para os outros ...
Está na altura de definir prioridades e objectivos, de mudar, de tomar consciencia de todos os actos. Está na altura de ser cada um por si. Cada um vai seguir a estrela do seu caminho. Nunca fui pessoa de grandes pontos de interrogação, nunca cheguei ao ponto de navegar sem destino, nunca naufraguei nem necessitei de gritar por uma ajuda. Nunca fui pessoa de cruzar os braços como os fracassados que não dão valor ao que têm, nunca fui pessoa de medos nem de vertigens. Nem nunca serei. "Gosto demasiado da minha vida para desprediçá-la com futilidades". Sei perfeitamente tirar partido de cada minuto vivido, sei aproveitar de forma a mais tarde manusiar, com cuidado, as mais belas fotografias e as cartas escritas com alma e coração. Haverá sempre uma lágrima derramada, caída na covinha de um sorriso rasgado de pura felicidade, e esta pura felicidade porquê? Porque irei dizer assim "Foi aproveitar até à ultima." Na verdade, o ser humano consegue ter muita mais vitalidade, força e determinação do que pensa, temos é todos a "mania" de nos rebaixar-mos perante outros, ou de simplesmente baixar a cabeça e deixar que o orgulho se apodereça de nós.

Novo capítulo, novas forças, novos objectivos, novos caminhos (...) Vem aí !

domingo, 7 de setembro de 2008

fraquezas

Olha para este céu, meu deus. Que "coisa" mais incrivel, mais rica, mais fascinante. Repleto de brilhos, sorrisos, lárgimas (...) Foca-te nele, apenas. Sente-o, ouve-o, fecha os olhos, estende a mão, tenta acançá-lo. Põe uma musica a tocar, vibra com ela, chora (caso seja preciso). Não se torna tudo mais fácil de alcançar ? Olho nos teus olhos e vejo a mais profunda tristeza, a tua mágoa, a tua decadência. Via-te como um herói, capaz de ultrapassar mundos, viver todas as emoções, enfrentar batalhas e gritar vitória. Agora olho novamente, vejo um fracassado, um "braços cruzados", um olhar triste. Eras tão incrivel, tão cheio de vida. Eras capaz de fazer mover os mais persistentes, de fazer sorrir os mais decadentes. Tinhas o teu dom de fazer curar, tinhas o teu brilho, a tua auto-estima. Eras tão dono de ti próprio que nem davas conta do Mundo onde vivias, do que governavas em teu redor. Eras dócil, fruto do mais poderoso. Eras simples, vitorioso. Controlavas uma grande parte de ti, possuias os mais fortes pensamentos e elogiavas as mais belas virtudes.
(Passado, talvez esta tenha sido a personalidade de muitos perdedores de hoje em dia. Vou caracterizar o presente.)
És tão cego, tão influenciado. Não tens os teus pensamentos, os teus dons, o teu brilho. És como um barco que navega sem destino. Talvez, na tua "ingenuidade" (se ainda te lembras dela), penses que o Mundo só é belo com (aquilo que hoje em dia se denomina "pessoas") com umas boas calças, umas boas sapatilhas, uma boa camisola. Só queres parecer bem por fora, estás completamente arruinado por dentro. Estás sem alma, sem espírito. Concluindo, és feito daquilo que as pessoas dizem de ti. Não és capaz de simplesmente gritar no meio da rua mais movimentada da Cidade Invicta que estás completamente farto das banalidades do dia-a-dia, das pessoas sem mentalidade, sem fruto, sem vida. não és capaz e sabes porque ? Porque no fundo, mas bem lá no fundo dizes "Sou como eles, se o fizer, o que irão dizer de mim?" Neste momento, a geração dos 14 aos 18 é (apenas) constituida por fracassados, inuteis, futeis, materialistas e superioridade.

Volto a repetir, são as (simples?) banalidades do dia-a-dia.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

(3h13 a.m)


Estou neste preciso momento embrulhada em papéis escritos, rasgados, repletos de sentimentos e sou incapaz de pegar neles com a minha própria delicadeza e deitá-los fora. Estou seguindo a letra da música para tentar interiorizar na minha mente certas acções mal explicadas. Deixa-me ver se aguento mais umas horas acordada (...) "Sai mais um café para mim, se faz favor" , tentando fingir que está alguém acordado, mas não.
A noite é cada vez mais escura, as estrelas vão desaparecendo lentamente, até permanecer só a estrela mais cintilante, a mais "chamativa", a mais "verdadeira". Sim, as estrelas guardam segredos. Eu cá, confesso, tenho o saudável vício de comparar estrelas com árvores. Chamem-lhe o que quiserem. E a lua ? Essa é invisível aos meus olhos. E as nuvens? Essas são impossíveis de alcançar. Esfrego novamente os meus olhos, talvez seja o sono que não me deixa ver certas coisas. E se o sono permanece-se em mim 24horas sobre 24horas? Será que taparia também sentimentos, momentos desagradáveis? Eu sei lá, um dia hei-de pedir ao sono para ficar sempre em mim.
Eu não me acredito em histórias de príncipes encantados, de felicidade eterna, de amores correspondidos, histórias de "meninas". Eu não me acredito no famoso "para sempre", não me acredito em palavras ditas da boca para fora, mas que não são completadas com acções. Se calhar já cheguei a acreditar, mas isso não importa. Já não importam as noites acordadas a desabafar, com as lágrimas a quererem-se soltar, já não importam os sorrisos trocados, os olhares, os "meus e minhas" . É tudo demasiado abstracto para neste momento, entrar na minha cabeça. É duro dizer, mas é a mais pura das verdades. Eu um dia ainda cheguei a acreditar em tudo o que me faziam sentir, teria eu os olhos tapados? E se o tempo voltasse para trás, será que seria tudo igual? Oh, ninguém tem respostas para isto, esqueci-me de que agora somos todos uns fracassados, uns sem sentimentos, uns descartáveis, uns fúteis. são as (simples?) banalidades do dia-a-dia.




(Espera, eu tenho um desejo, hei-de pedir na próxima noite à estrela que permanecerá mais tempo acordada. "Oh tempo, volta pra trás e faz-me acreditar na ingenuidade de outros tempos,novamente".)