quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

2009

"Que o sorriso seja a nossa maior força"

O tudo é demasiado relativo e inconstante. Nós nunca dissemos tudo, nunca fizémos tudo. Nascemos sem saber a razão pelo qual isso aconteceu (iremos morrer com essa incerteza também); crescemos a aprender cada vez mais e mais e morreremos sem ter o conhecimento de "tudo". O referido 'tudo' sempre foi um vocábulo utilizado para por fim a algo ou para o recomeço do mesmo; nós, pessoas, somos viciadas em referir que está tudo dito, tudo feito, tudo pensado ou que aquela e a outra pessoa são tudo para nós. (Ora, não foram essas mesmas almas que vos trouxeram ao Mundo, são apenas um complemento das vossas vidas, pensem um bocadinho).

Deixei-me de contos e ditos, já me mentalizei de que tudo se perdeu no meio do nada e eu jamais serei um corpo capaz recuperar algo que ninguém sabe onde se encontra.
Mais um ano que passou e mais uma reflexão do mesmo, não poderia deixar os agradecimentos às habituais pessoas que permaneceram comigo - e agradecer também às que apareceram neste mesmo ano - por tudo o que me proporcionaram. Ano de conquistas, de vitórias e, especialmente, um ano repleto de momentos de auto-reflexão - e auto-crítica também. Repleto de novos conhecimentos, novos seres, novos ambientes e novos Mundos. Repleto de mudanças - curioso, ventos gélidos de Verão e brisas suaves com temperatura amena de Inverno. Incrível como o Mundo dá uma volta de 360º em menos de 365 dias...
Irei sim, no próximo ano, conhecer mais e mais.. irei no final do próximo referir que conheci, não tudo, mas outra boa e grande parte deste Mundo. E o sorriso, esse, jamais irá desaparecer!

sábado, 27 de dezembro de 2008

cansas-me

És especialista em jogos de palavras, como eu te conheço! Insistes na permuta de letras e arriscas-te a por as mãos no fogo - um aviso. Diria-te eu, uns dias antes, para teres cuidado com o que pronuncias, lembra-te que há sempre alguém do outro lado do espelho a ouvir-te; ou então no teu quarto, quando falas para ti próprio, mesmo que estejas abandonado por entre quatro paredes pretas (sim, pretas!), o outro lado ouve-te. As paredes não só têm o dom de ouvir como o dom de confessar, por isso é que te aconselho a pensares duas vezes antes de lhes dirigires a palavra, são mais cruéis que os Escorpiões. Esses teus termos já conheço eu muito bem, sei-te de cor meu anjo. Não julgues que não erro na minha interpretação, erro imensas vezes, aliás. Digo-te que todos erram, talvez porque os vocábulos que utilizas não são tão específicos quanto julgas ser e são de difícil compreensão - ou então é a minha mania da complicação a falar mais alto, como queiras. Estou extremamente exausta, os teus jogos fatigaram-me imenso e as tuas palavras perseguem-me, retira-as por favor! Hoje não me incomodas mais, vou dormir e fingir por umas boas horas que desconheço a origem do teu nome aqui ao lado, na minha mesinha de cabeceira.


(1h24 a.m)

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

eu posso, eu devo, tu podes, tu deves


Eu podia simplesmente deixar de dar importância ao que construímos, podia apenas trancar a porta - que deixaste entre-aberta - a sete chaves e a cadeado (caso necessário). Eu podia fingir que era uma história contada na vizinhança pelo qual é metade verdade, metade boato; ou então ignorar a razão de existência dos nossos dias. É verdade, meu caro amigo, eu podia largar as noites mal dormidas e as tremendas dores de cabeça que me provocaste - foste a minha insónia. Eu deveria, melhor dizendo, libertar-me destas maldições e tomar uma especial atenção ao meu percurso de vida; pois na verdade deixaste de ser tu a traçá-lo, tanto que do dia para a noite desconhecias o mesmo. Aliás, os nossos deveres e poderes tornaram-se tão incertos como a razão da nossa atracção. Tu podias largar os nossos pedaços de papel, rasgá-los e colocá-los no primeiro caixote do lixo que te aparecesse ao virar da esquina, sendo assim, seguirias tu a tua vida como se o seu início começasse naquele teu acto singelo. Mas julgo que não necessitas de algo tão radical, parece-me - caso eu esteja errada, corrige-me por favor - que o teu início de vida começou mais cedo do que eu esperava; parece-me que ficaste tão facilmente livre que o teu passado riscou-se das páginas do teu livro. Uma vez que os teus sentimentos se dissiparam tão rapidamente, liberta-te de mim! Peço-te... Não me julgues um ser rastejante que cria as suas próprias fantasias e vive no mundo da ilusão, jamais o serei assim. Acabaram-se os meios termos, tu podes e deves, eu posso e devo... nós podemos e devemos traçar o nosso caminho - juntos ou cada um para seu lado. Mas chega de incertezas! O teu conhecimento resultante da nossa experiência vivida está mais que explicado e mais que certo, eu já tirei as minhas próprias conclusões. Ou recuas e voltas, ou esqueces e segues.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

dia 17.


Sempre nos desencontrámos imensas vezes e navegámos pelas entrelinhas sem nunca as entender no seu verdadeiro significado, ou então jamais nos daremos ao trabalho de perceber palavra a palavra, jamais seremos capazes de tirar as nossas próprias conclusões. Nunca fomos verdadeiramente independentes para unirmos os nossos caminhos e definir objectivos e prioridades, sempre nos deixamos levar pelo tempo e talvez tenha sido o tempo o nosso maior castigo. Deixámo-nos levar pela eternidade que nos perseguia e por palavras soltas no ar que se encontravam justamente no nosso local preferido. A nossa rotina era o nosso bem mais precioso. Os limites eram quase como inexistentes, a morte era o limite e a intenção de finalidade não era sequer vocabulário do nosso dicionário. É de facto certo e sabido os quantos e tantos sentimentos vividos e as quantas e tantas palavras pronunciadas repletos de algo, algo que é indecifrável no nosso presente constantemente agarrado aos passados; passados esses que são literalmente remexidos – algo subtil para manter sempre a posição de firmeza. Posição essa destruída dia-para-dia, pois a coragem torna-se na nossa maior fraqueza. Vivemos num ciclo vicioso inquebrável e a nossa maior ambição desgasta-se com os pormenores que insistimos em atribuir importância. Os nossos maiores desejos e objectivos de vida continuarão sem destino e sem existência definida, será o seu encontro algo inevitável ou iremos continuar com estes joguinhos diários de constante perturbação?
Hoje? Hoje bateu saudade.

domingo, 7 de dezembro de 2008

eternamente

O nosso maior controlador, o tempo. O único capaz de controlar sem ser controlado e erguer sempre a fasquia da vitória. O que mais nos amaldiçoa e nos trama naqueles belos momentos em que desejamos o parar do mesmo ou o aproximar da hora seguinte. O tempo, o glorioso. O que denominamos ser um ser inconstante e juramos, a pé juntos, não lhe atribuir importância; quando, no fundo, não sobrevivemos sem a sua presença. A melhor cura de todos os males e o maior pesadelo dos prisioneiros. Aquele que escuta, ouve e cala; tenta transmitir sempre algo consolador por entre seus silêncios abandonados, pairando no ar.
A nossa maior obrigação, o tempo dos anos. A nossa maior lição de vida; a escada que teima em terminar quando o último degrau não é ultrapassado com sucesso. O crescer e envelhecer de degrau para degrau e a tentativa de glória de 365 em 365 dias.
Julgamos nós, seres mais constantes em toda a história da vida terrestre, sermos o maior controlador do tempo, deixando-o passar a quando a nossa vontade. Vivemos constantemente enganados e no pensamento de algo inexistente; julgamo-nos inconstantes e pessoas que mudam de personalidade quando o tempo nos ultrapassa em todas estas barreiras. Na realidade, o tempo passa e a nossa vida escasseia. Os dedos já tremem quando, há anos atrás, eram os vencedores em remates de voleibol. O cabelo já perde a cor e nós, querendo parecer sempre bem, despejamos uma tinta idêntica à cor antiga por entre ele. A face já descai, outrora viva e sorridente. Sorridente agora? Os dentes já nem força têm para permanecerem intactos. E escondemo-nos constantemente do tempo, sem nos apercebermos. Usamos as mais belas máscaras e todos os enfeites de natal necessários para que não reparem que o tempo passou e nós... modificamos!
Crescemos porque nos obrigam a crescer; por nós, mantinhamo-nos sossegadinhos no décimo quinto degrau da escada. Degrau esse que deveria ser aproveitado e vivido ao máximo, fugindo ao comum, às futilidades e às manias do crescimento. Degrau esse que é aproveitado como quem aproveita o décimo oitavo. Quando lá chegarem, que irão aproveitar? Irão constantemente viver presos ao futuro e agarrados ao sonho da liberdade e independência dos dezoito anos. Estas últimas, já nem piada terão no décimo oitavo degrau, serão tão constantes e vulgares que o seu filme de piadas acabará mais cedo do que imaginam, oh! Continuarão a escutar a sua vida de adolescente com tacões de 10 centímetros e perderão a piada da arte e ciência de combinar harmoniosamente os sons, pelo simples facto de os desgastarem de tão usado ele é. A filosofia da adolescência só mudará no dia em que alguém trave o tempo. (acto este impossível de se concretizar).
A evolução das palavras, actos; o saber combinar e articular vocábulos: a aprendizagem do tempo.
Perdermos a noção e agarrarmos o momento como o último vivido, oh, que sensação de liberdade nos traz! No entanto, na nossa ingenuidade, é o ser mais contado e observado; quais equações matemáticas ou gente da “Revista cor-de-rosa”, ninguém o ultrapassa! Perspicaz, atento, o tempo nunca falha! Juntando-se à meteorologia fazem a dupla perfeita. Ironia a minha quando declaro que gosto de estar por baixo das gotas que caem da atmosfera e o meu querido ponteiro dos minutos me engana, avançando cada vez mais devagarinho, no meu desejoso percurso de chegada a casa.
Um ser sem definição, o que nasceu para jamais morrer, o eterno. O nosso maior amigo e confidente nas alturas próprias e o nosso maior inimigo quando assim o merecemos; não tentem meter-se com ele, é um aviso! O Homem não castiga, o tempo sim. O Homem não perdoa, não pede desculpa, não avança sozinho; o tempo sim.
O companheiro, aquele com quem mais sonhamos e nunca, nunca nos deixará sós. A nossa alma irá falecer e o tempo irá continuar, connosco. Pois, com o tempo, apercebemo-nos de que o tempo não escasseia, não farta e é o nosso eterno melhor amigo.

(não julgues que dou importância ao actual dia-a-dia só porque me dou ao trabalho de o escrever, simplesmente me dá um certo prazer gozar com as ironias do tempo da adolescência)

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

my sweet past perfect


Afirmo agora que hoje sou só eu, que hoje não existe mais ninguém tão forte, tão glorioso nem grandioso como eu. Aposto até que ninguém voltará a pisar seus pés na Lua como eu o fiz na noite passada, noite essa em que mais me recordei de ti e necessitava mesmo de refrescar a minha memória, onde as estrelas conseguiram brilhar sem a tua presença, fantástico! Afastem-se rodeios, retirai-me estas indefinições e esta reviravolta de sentimentos que se apoderou de mim nestes últimos tempos, porque hoje, ninguém é capaz de definir tão bem os vocábulos quanto eu. Não há ninguém mais certo da sua vivência do que eu. Eu, que hoje, finalmente fui capaz de observar os mais pequenos detalhes que constituem o meu pretérito perfeito e nem uma lágrima derramei. (Confesso que permaneci uns minutos irritada, talvez pelas mil e uma histórias mal contadas que, por mais simples e objectivas que sejam, sobrepõem-se sempre à minha capacidade de compreensão). Talvez nunca tenhas notado que possuo uma força tão grandiosa e as coisas mais belas existentes neste Mundo que jamais perderei a guerra, muito menos jamais te irei oferecer como prenda de natal a vitória, meu querido pretérito (mais) que perfeito.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

alma perdida



Toda esta noite o rouxinol chorou,
Gemeu, rezou, gritou perdidamente!
Alma de rouxinol, alma de gente,
Tu és, talvez, alguém que se finou!

Tu és, talvez, um sonho que passou,
Que se fundiu na Dor, suavemente...
Talvez sejas a alma, a alma doente
Dalguém que quis amar e nunca amou!

Toda a noite choraste... e eu chorei
Talvez porque, ao ouvir-te, adivinhei
Que ninguém é mais triste do que nós!

Contaste tanta coisa à noite calma,
Que eu pensei que tu eras minha alma
Que chorasse perdida em tuda voz!...

in Livro de Mágoas, Florbela Espanca

domingo, 23 de novembro de 2008

inquietação envolvente

A porta parece mover-se sozinha, talvez devido às correntes de ar que abrangem a casa por completo. As cortinas esvoaçam, as folhas do caderno colocado por cima da habitual secretária de estudo junto à janela, soltam-se e espalham-se pelo ar, as duas portas do pequeno compartimento do calçado abrem-se e fecham-se assim sucessivamente; que inquietação. É esta inquietação que ocupa o ar vazio dos, talvez 18 metros quadrados do local onde desfruto da maior parte do meu tempo. Sim, aquele local que mais me acalmava, que me trazia uma enorme paz e conforto, mergulhou-se na inquietação que atinge tantos e tantos locais como este. É ligeiramente estranha esta sensação de desconforto e observar tanto movimento à minha volta. A porta já nem fecha, deve-se ter apercebido que falta a entrada de algum ser e já perdi todas as memórias guardadas no pequeno caderno, que pena, que grande pena! É claro que esta inquietação me afecta,é claro que tudo isto visto do outro lado da casa é banal, sempre foi. É claro que para quem está fora da janela a observar por entre as cortinas esvoaçadas, deduz que a casa está ou assombrada ou que vivem lá malucos. É claro que é muito fácil falar. Agora ouço constantemente o esvoaçar das folhas soltas que voam em minha direcção, são as folhas do caderno secreto sem chave, perdi-a num dia em que fui sair contigo, com a pressa nem me apercebi de que a chave se tinha soltado do porta chaves que andava preso no meu bolso direito, ainda me recordo. Aliás, eu recordo-me de todas as saídas e entradas desta porta, dos locais que visitei e das lembranças que guardei no caderno. São essas as lembranças que amaldiçoam, que me trazem o mesmo pensamento a todas as horas e todos os minutos, por muito que eu lhes peça para não o fazerem. Malditas, nunca me obedecem. Parecem velhotas constantemente as resmungar comigo, ou porque sem querer não me coloquei no meu devido lugar à entrada do autocarro ou porque sem querer calquei o seu pé e já é caso de cair o mundo aos santos! Confesso que as lágrimas já são inevitáveis quando seguro nos pedaços de papel que te tentei entregar. Tarde demais! Perdi. Não, não perdi, esqueci-me de vencer a última batalha, a guerra ainda não terminou. E por muitas lágrimas derramadas que sejam, não significa que a guerra está perdida. Já devias saber que não me deixo vencer facilmente, nem esta porta inquieta me vai ganhar. Julgo que ela sente a tua falta, segreda-me ao ouvido de vez em quando e eu aprecio os seus desabafos. Se soubesses ... Castiga-me imensas vezes por eu não fazer isto ou aquilo, por eu gostar demasiado do jogo dos porquê's, por eu ser virada para os "meios-termos" e não gostar de ser a primeira em nada. Oh, se castiga! Nem me deixa dormir, para tu veres que eu hoje, a um domingo, acordei às 7h30 certinhas e nunca mais preguei olho. Maldita a hora em que eu coloquei a cama ao lado da porta. Mesmo os seus constantes movimentos, a nossa foto lá colocada não descola. Decidi, então, revelar-lhe alguns segredos, como ela por vezes mo faz. Confesso que me senti imensamente bem, libertar esta reviravolta de sentimentos e voar por entre as folhas despedaçadas; soube-me mesmo bem ouvir outras palavras sem ser as tuas que não me saiam da cabeça, soube-me bem não ter medo de chorar perante ela e não ser alvo de"a culpa é tua". Soube-me bem este conjunto de compreensões e troca de impressões, deu-me saudades, confesso também. Nem capaz fui de calcar as lembranças escritas nas folhas de papel, a porta trouxe-as até mim, eu li, e reli, li e reli, li e reli vezes sem conta. Julgo que não te apercebeste de que eu era também afectada, e nem te apercebeste que sou demasiado agarrada a sentimentos. Este ar ofusca-me a vista, sinto-me ligeiramente mal e julgo que vou sair daqui. Irei terminar isto de uma só maneira. Esqueceste-te de fechar a porta ou fizeste de propósito para que ela ficasse aberta?

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

destruição




Julgas estar certo da tua vivência quando, no fundo, limitas-te a observar o passar do tempo e divertes-te a calcular a velocidade dele, só para tentares mostrar o teu lado inteligente a física e química. E no meio dessa tua grande bola de cristal que tu conduzes, já nem espaço há para os que mais te acolhem, sem te aperceberes vais destruindo cada brilhante desse teu cristal. (Ai desculpa, esqueci-me de que sempre te esqueceste demasiado do nosso dia-a-dia)

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

desculpas de lixo

Errar, acto mais banal e verbo mais divulgado.
E por que razão erramos tanto? Ora, se seguirmos a definição do censo comum é porque Deus criou o ser humano imperfeito, e ponto final. (Parágrafo, não acaba aqui)
Partiremos para as filosofias da vida, mas será que o ser humano não pode pensar nas consequências dos seus actos? Irá o Homem continuar a errar vezes sem conta e usar a palavra "desculpa" como diz "bom dia"? Que desgastada que esta palavra está. Chega a um ponto que perde a sua importância e um pedido de desculpas já não tem valor algum. Iremos todos nós, humanos, abusar e e calcar os outros, continuaremos a desculpar-mo-nos constantemente e não damos conta do tempo passar e da velocidade dele, e de que tudo tem o seu limite. A nossa vida continuará a passar ao nosso lado, idêntica à nossa sombra. Esqueceremos as palavras pronunciadas num dia em que acordámos com os pés de fora da cama e que, devido a isso, maltratámos os nossos chegados e, provavelmente, nem nos iremos lembrar da quantidade de vezes que prometemos não voltar a fazê-lo. A desculpa tornou-se num impulso.
Oh meus caros, a vida não necessita de se afastar de nós se soubermos cuidá-la e construi-la devagarinho, ela não chega ao segundo andar sem se construir o primeiro. Para mim, os pedidos de desculpa tornaram-se tão constantes que são como os papéis que atiro para o chão: uso e abuso deles, amachuco-os e deito-os fora. Deixei de gostar das desculpas ditas da boca para fora e que não são completadas com acções. Ah, são ironias da sombra da vida (ou da nossa sombra).

domingo, 9 de novembro de 2008

15

Fotografia é arte.
Hoje tenho quinze (embora não tenha vontade de os ter)

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

à minha maneira!

Eu já previa tudo isto, sinceramente. Burrice a minha que nem capaz fui de abrir os olhos à primeira, incrível. Diz-me, porque razão voltei a cair no mesmo erro de confiar inteiramente em ti? Se no fundo, algo me chamava para a razão, cruel e dura, mas era a realidade. Talvez pensasse que agias de igual forma comigo como eu agia contigo. Talvez fossem as tuas doces palavras do inicio que me faziam voar (contigo ou sem ti) e pudesse ter confiança total. Curioso, pois neste momento não existe confiança nem por parte de um, nem por parte do outro. Que erro, que grande erro! Pois é claro que tudo era belo quando vivíamos verdes. E sem dúvida que chegámos a alturas em que éramos "um só". Só havia um dia-a-dia, o "nosso". (Espera, houve mesmo ou sou eu a dizer o que gostaria que existisse?)
Bem, já deves ter reparado que continuo com a incerteza em mim. Nunca tenho respostas para o que julgas ser óbvio e perco-me no meio do nada. No entanto informo-te que as tuas acções também não ajudam, pois a incerteza está 24 horas por dia em mim, infelizmente. Afogo-me em passados constantemente remexidos que, por muito que eu não queira, abalam-me. Sim, meu amor, abalas-me! A maior incerteza da vida, digo-te, é não saber definir o que se sente ou a razão da existência. Falo por mim, que tanto tenho o controlo de todos os meus actos, como a seguir vejo tudo o que construí a desmoronar à minha volta. Sabes qual foi o meu mal? Envolver-me demasiado nas tuas palavras, querer demasiado ter-te do meu lado quando, no final, estava sozinha, oh! Procuraria eu alguma alma capaz de habitar os jardins, outrora abandonados, juntos aos meus. Esse alguém serias tu, até que as tuas visitas seriam cada vez mais e mais escassas, até que o vento levasse a brisa do teu perfume... Se passares por lá um dia, repara como até as flores foram perdendo a cor. (Mas eu continuava a acreditar que eras capaz de permanecer mais tempo, agora já não). Oh metáforas, mais e mais metáforas, porque tentais complicar o simples e objectivo?
Digo-te agora, com toda a certeza, que não irás possuir mais os meus desabafos e o meu quotidiano, nem voltarás a aproximar-te dos meus jardins vizinhos, só pelo simples facto de eu já não querer mais a tua presença aqui e sou eu que a partir de agora vou visitá-los. (Mas só quando as tuas lembranças se esgotarem)
A partir de agora, é à minha maneira!

domingo, 2 de novembro de 2008

e mais não digo.


"e hoje, ao ver o Mundo assim, com o mal a vencer o bem, eu só confio em mim, só em mim e mais ninguém"

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

cuidado com os exageros


Isso de usar máscara a vida inteira, sem se dar conta é preciso ter cuidado. O tempo passa e damo-nos conta que a Vida passou ao lado da nossa lenda pessoal. A nossa lenda não foi devidamente vivida e sentida. Corres o risco de amar e não ser amado porque te esqueceste de tirar a máscara. Ela é boa para nos defendermos, sim. Mas só isso!
STOP com isso! Peço-te... vai-te habituando a tirar o que te bloqueia, porque daí surgem mais e mais bloqueios e pensas que estás certo da tua vivência. Não te iludas! O natural é o NU! Não te deixes vender pelo vírus da sociedade, recua para avançares. Eu sei bem o que isso é, mas parte de ti mostrar ao mundo que és amor em pessoa! Tens mais para dar do que imaginas e tu sabes que sim. To be free, é para ti. Eu vou sempre gostar de ti, mas deixa-me conhecer-te mais e assim a nossa evolução na relação e como seres humanos será mais verdadeira e rica!

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

conheço-te

Encontrei-te! Mas não sei se fiquei feliz ou triste. No primeiro momento sorri, passado segundos o sorriso desapareceu. Parecias-me escondido, por entre medos, ilusões e pensamentos. Aparentavas estar assustado (talvez porque tenhas acordado para a realidade). Não sei se reparaste na minha presença no mesmo local que tu, talvez seja pela pouca importância que me dás. E, na minha ingenuidade, pensava (ou ainda penso) que o valor que te dou é-me retribuído de igual forma. Estarei eu correcta? Importante relevar que não sou a primeira (nem serei a última) vítima dos teus actos inconscientes.
Bem, lá seguiste tu o teu caminho, mas o meu olhar permanecia fixado em ti. Ai, não consigo removê-lo, desculpa! Parece-me que despiste essa tua capa de super-homem, associaria eu este teu acto como uma mudança na tua pessoa. No entanto, penso que não despiste a capa completa, deixaste um pedaço de tecido preso ao cinto preto das tuas calças, ou eu não reparei bem. Melhor dizendo, mesmo sem capa, não mudas o teu interior (por muito que chores, grites, protestes). Não mudaste esse andar desajeitado, pelo qual eu acho uma certa piada. Não perdeste esse vício de arranjar o cabelo e, ao mesmo tempo, pegar no telemóvel para mudar a faixa da música. Continuas com o mesmo estilo de roupa e insistes em usar as sapatilhas mais velhas que tens, mas que vício! Ah, nunca te esqueces dos famosos óculos-de-sol e eu quase que aposto que estás neste momento a ouvir uma música acústica que te faz pensar. Suponho também que daqui uns minutos vás à pastelaria aí ao lado comprar o teu pastel mais apreciado. Já reparaste que conheço cada lugar teu? Já reparaste que cheguei ao ponto de decorar o teu quotidiano e que sei descrevê-lo ao pormenor? Penso que nem te lembraste da minha existência nestes últimos dias, oh meu amor, eu já me habituei. Gostaria de ter neste momento uma máquina fotográfica para te fotografar e, se tivesses novamente a coragem de me dirigir a palavra, mostrar-te-a-ia. Irias sorrir (ou então não acharias piada ao meu papel de papparazzi).
Como já deves ter reparado, habituei-me a lidar com a incerteza, passei a achar uma certa piada à "dúvida". Afinal, foi apenas isso que me conseguiste ensinar.

domingo, 19 de outubro de 2008

coincidências

Foi numa tarde de Verão. Encontraram-se na rua (por acaso) mas nem um nem outro imaginariam que se iriam cruzar e (curiosamente) iriam reparar um no outro no meio da rua mais movimentada daquela cidade. Incrível! Quem diria que o destino os iria unir novamente (cada vez mais acredito nele, mesmo que por vezes ele seja traiçoeiro comigo mesma...). A felicidade um do outro, pelo seu (re)encontro, era visível a uns bons metros. Eu encontrava-me numa esplanada de café, ora olhava, discretamente, para eles, ora olhava para a revista de moda pousada nas minhas pernas cruzadas (claro, querendo sempre mostrar a classe e boa postura) acompanhada por uma boa limonada com pouco açúcar, devido às calorias. Ambos se iam desviando das inúmeras cabeças que lhes apareciam à frente do seu nariz. Erguiam a cabeça para não perderem aquela troca de olhares, mas que enorme vontade de estarem frente a frente! Ela, calma e delicada, ainda tempo tinha para arranjar os seus cabelos loiros que se iam desprendendo dos ganhos com o seu andar ligeiramente desajeitado. Ele, com um ar sempre descontraído, não se preocupava tanto com a sua imagem. (Bem, parece que a infinidade de cabeças nunca mais termina, até eu já me estou a fartar.) "É agora!" - penso eu. Conseguem finalmente chegar perto um do outro, depois de tanta barafunda ultrapassada. Ela, com um sorriso de igual intensidade do brilho do sol, pegava com o seu jeito subtil e de "menina" na mão dele e ele, sempre com os seus olhos cor de avelã fixados nos olhos azul intenso como o mar dos dela, erguia a sua mão, lentamente, e encostava-a ao rosto dela, manuseando-o com imensa delicadeza. As suas almas cada vez mais anciosas de se sentirem novamente, aposto que os seus corações batiam a cem à hora. Permaneciam ambos parados no tempo, era notável a vontade que cada um tinha de falar, mas nem um nem outro tinham coragem suficiente para pronunciar uma única palavra, que seja. Algumas pessoas paravam também, até gosto tinham só de os ver. Mas espera, parece que algo acontece. Ela baixa a cabeça, foca o seu olhar (agora) no chão e ele retira a sua mão da cara dela e dos seus cabelos encaracolados loiros. Entretanto estava uma cliente da esplanada onde eu me encontrava a criticar o mau atendimento do estabelecimento, como se isso fosse possível. Discordo completamente! Se assim o fosse, eu nem me dava ao trabalho de me deslocar até aqui, muito menos colocaria aqui as minhas sandálias (caríssimas, lindíssimas, deslumbrantes). Apesar da sua troca de olhares já não existir, ambos permanecem à frente um do outro. As suas almas estão repletas de sentimentos, no entanto falta-lhes coragem para os divulgar (com imensa pena minha). O resto? Conto mais tarde, quando as minhas palavras forem capazes de caracterizar tamanho Amor!
Chamam-lhe coincidência, ou então destino, a dúvida paira no ar (por enquanto)...

sábado, 18 de outubro de 2008

visualizar


Hoje percebi que cegos são todos aqueles cujos olhos ainda possuem a faculdade de olhar (não a de ver), por mais miupes ou estrábicos que sejam. Este fardo carnal tão tangível às unhas esconde tão bem o que tão de certa te quero mostrar! (E os teus olhos apenas me olham, me fitam - corrimão com pó que não ousas tocar! ). E com tanta máscara, tanta alma revestida de defeitos e de olhos ingénuos que se vão deixando entreter, sento-me aqui e penso: se o meu amor está tão perto, mas tão escondido, o que farei eu para finalmente o deter?


( março de 2008, 11h46 p.m)

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

versão editada: manel bessa


(Influências da noite de 11 de Outubro)

De Rio Tinto a Gondomar
são15 min de distância
queria ter um 800
p'ra lá ir sempre que quisesse
dei cabo da tolerância
queimei aí uns três radares
só para te ter mais perto
só para tu te dares.


E saio agora
e vou correndo
e vou-me embora
e vou correndo
já não demora
e vou correndo p'ra ti
CATARINA Tudo para Ti
CATARINA!


Seja de noite ou de dia
trago sempre na lembrança
a cor da tua alegria
o cheiro da tua trança
De Rio Tinto a Gondomar
são 15m de distância
queria ter um 800
p'ra lá ir sempre que quisesse.


E saio agora
e vou correndo
e vou-me embora
e vou correndo
já não demora
e vou correndo p'ra ti
CATARINA Tudo para Ti
CATARINA!


CATARINA Tudo para Ti
CATARINA!


CATARINA Tudo para Ti
CATARINA!

domingo, 12 de outubro de 2008

curioso !

Acordei de mau humor hoje, para te ser sincera, nem sei qual a verdadeira razão, se nestes ultimos dias tenho acordado com um enorme sorrisão na cara. Deve ter sido pela persistência do meu pai a querer acordar-me logo de manhã cedo a um domingo, mas isso faz-se a alguém? Que irritação! Acordada já eu estava, mas levantada da cama não estava com certeza (mas continuava a ouvir os enormes berros vindos do fundo da sala, lá estava ele com esperança de que eu me fosse levantar àquela hora, crente!) Deixei-me estar deitada e óbvio que me ponho a pensar sempre que encosto a minha cabeça na almofada e me ponho de barriga para cima a olhar para o tecto. Faz parecer aquelas novelas melancolicas, onde no tecto aparece o que estamos a idealizar. Logo eu, que nao vejo novelas nem acredito em contos encantados, aconteceu comigo! O meu pensamento eras tu, claro. Não há outro. Estive assim deitada durante uns trinta minutos, tempo necessário para o meu querido pai se fartar de me chamar sem sucesso. Lá vou eu lavar a cara de mal humurada. Entrei no meu quarto toda revoltada, claro, a acordar a estas horas tinha de ser ! Depois não se queixem das minhas respostas tortas.. Vesti a primeira peça de roupa que me apareceu à frente, nem paciência tive para me maquilhar, nem acessórios coloquei. Quanto ao meu cabelo, já nem o descrevo, estava tão enfadonho que até era vergonhoso. Para não falar que levei as sapatilhas mais velhas que tinha. (Já não me lembrava de estar tão desleixada, mas ao mesmo tempo, estava confortável) Já nem me preocupo com o que irão pensar, não me afecta. Pensava eu que o meu pai me ia levar para a garagem, mas não, iremos à casinha da avó matar saudades. E tinha eu o meu querido tio à porta de casa à espera, tipo segurança ou cão-de-guarda, mas irritado devido à minha demora. É daquelas pessoas que critica sempre o que uma pessoa veste (especialmente eu, que tenho sempre a mania de me arranjar toda) E não é que logo hoje, que eu estava toda desleixada ele me disse "Estás tão natural, tão bonita".

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Miguel Esteves Cardoso


Aos quinze anos, já o coração cresceu, mas ninguém repara. Não o deixam bater como devia. As crianças crescem e os adultos envelhecem. E o que faz o adolescente? Coitadinho, não tem hipótese : adolesce. Aos quinze anos, o mal é este: nem se é tratado como adulto (como se queria) nem se é tratado como criança (o que sempre consolaria). Não se é tratado. Ponto final. Os 15 anos são intratáveis. Os mais novos - a malta do armário, enfrentando o absurdo da puberdade - não têm nada, mas nada a ver. Os mais velhos olham para quem tem 15 anos como se olha para quem tem lepra. Restam apenas as outras pessoas com 15 anos, mas essas estão demasiado ocupadas com ter 15 anos para poderem reparar nas outras almas com as quais partilham tal aflição. Só apetece chorar. É o que se faz.
Chora-se muito. Aos 15 anos tudo é muito importante. É-se uma pessoa nova pela primeira e única vez na vida e o mundo, difícil e grande, percebe-se e faz-se pesar tal e qual ele é. (A partir dos 16 anos já não se aguenta e finge-se que é mais fácil ou mais pequeno). Aos 15 anos tudo é muito tudo, e é tudo ao mesmo tempo. Há muitas coisas que se querem muito e sofre-se muito por não as ter e brada aos céus o quanto se precisa realmente delas e parece impossível que ninguém perceba. E é incrível como toda a gente se junta para nos impedir de alcançá-las. E é muito triste saber que há-de ser assim durante toda a vida, que é quando dura ter 15 anos. Mas a luta continua.
Aos 15 anos, tudo é muito, simplesmente. Qual simplesmente! Complicadamente. Tudo é muitíssimo. É preciso muito e é muito preciso. É tudo muito lindo e muito difícil e muito injusto e muito urgente e pronto - será assim tão difícil de perceber? O mundo é mesmo como se vê quando se tem 15 anos, só que acabamos por desistir de vê-lo assim, porque custa tanto (...)






(Está exagerado, eu sei. Nem muitas das coisas acontecem comigo, mas li e gostei.)

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

ausência

Eu tento, eu juro que tento. Eu tento esquecer, ou melhor, fingir que nada está a acontecer. Iremos voltar à dita "rotina".
Eu tenho muito orgulho em ti, sabias? Orgulho-me dos teus esforços contínuos ao longo do tempo, de nunca desistires, de seres como aqueles que agarram todas as oportunidades e vais à luta com unhas e dentes. Agarras a vida e és ainda capaz de me confiar inúmeros problemas, ou fases menos boas da tua vida. É de louvar os teus actos, as tuas constantes horas de árduo trabalho e mesmo assim, quando chegas a casa, abres a portinha do meu quarto, dás-me um beijo na testa (aqueles que mostram que apenas nos sentimos 'protegidos') e ainda me dás um sorriso, que é um tesouro, sem duvida. É esta grande ausência, esta grande falta de tempo, que faz crescer e amadurecer .
Vendo o lado positivo disto tudo (como sempre o tento fazer), no fundo,
é menos um prato na mesa às 20 horas ...


(i really miss u, baby ..)

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

manel, o tudo

M says: "O tempo pára, completamente. O tempo pára, porque eu quero aproveitar cada segundo. Quero registar cada palavra, cada gesto, tudo. Deixaste-me completamente off de tudo a nao ser tu. E sabes mais uma coisinha? amo-te, acima de todos os amo-tes superficiais e sujos que o mundo hoje em dia usa."

sábado, 4 de outubro de 2008

vontades

Hoje apetece-me debruçar-me sobre a mais pequenina janela da minha casa e envolver-me no silêncio da noite. Hoje apetece-me contar as estrelas e pedir um desejo a cada uma delas. Apetece-me fotografar a lua, focar os mais pequenos detalhes e sonhar que um dia irei lá chegar. Hoje apetece-me ir às nuvens, daqui a meia hora lá estarei. Apetece-me abraçar a lua, sabias? Hoje disseram-me que eu caminhava com um sorriso que iluminava a noite, um sorriso de orelha a orelha, de ponta a ponta. Hoje apetece-me escrever pela noite toda e de madrugada, vai-me apetecer pegar numa folha branca e desenhar o nascer-do-sol à minha maneira, com as minhas próprias cores. Hoje apetece-me dizer que alcancei a estabilidade e que estou feliz. Hoje estou com força, estou determinada. Hoje apetece-me adormecer em cima daquela bolinha branca de algodão que eu sonhei quando tinha cinco anos. (...)
eu procuro, ou melhor, eu tento procurar uma unidade linguística dotada de sentido, algum vocábulo capaz de caracterizar estes sentimentos. Tens o dom de transformar o meu "sorriso amarelo" no melhor deles todos, o dom de me fazer acordar bem disposta logo de manhã cedo, mesmo sabendo que dormi poquissimas horas e que as horas seguintes irão ser de enorme tortura. Hoje apetece-me caracterizar-te.
És mágico, contagias-me com essa tua boa disposição, essa tua enorme personalidade. Fazes-me voar e sonhar que, um dia, irás voar comigo. Sabes o que me orgulha mais em ti? Não seres como demasiados "cobardes" que têm determinadas acções só para parecerem bem, aqueles que ultimamente abrangiram a nossa sociedade dos 14 aos 17, ou antes até, ou melhor, antes e depois disso, meu deus. (por vezes já nem me dá gosto olhar para certas ruas...) Destacas-te. Não tens nenhum sentimento desagradável relacionado com o receio da desonra ou do ridículo. És livre, dono de ti próprio, cativas, motivas. Hoje apetece-me elogiar-te. Hoje tenho saudades tuas. (não penses que não as tenho todos os dias, mas hoje apeteceu-me)sinto-me guardada (dentro de ti) como estás guardado, dentro de mim.
Sabes uma coisa? Hoje apetece-me dizer(-te), e gritar, que te amo.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

gente perdida.

Eu fui devagarinho
com medo de falhar
não fosse esse o caminho certo
para te encontrar
fui descobrindo devagar
cada sorriso teu
fui aprendendo a procurar
por entre sonhos meus


eu fui assim chegando
sem entender porquê
já foram tantas vezes tantas
assim como esta vez
mas é mais fundo o teu olhar
mais do que eu sei dizer
é um abrigo pra voltar
ou um mar pra me perder

lá for a o vento
nem sempre sabe a liberdade
a gente finge
mas sabe que não é verdade
foge ao vazio
enquanto brinda, dança e salta
eu trago-te comigo
e sinto tanto, tanto a tua falta


eu fui entrando pouco a pouco
abri a porta e vi
que havia lume aceso
e um lugar pra mim
quase me assusta descobrir
que foi este sabor
que a vida inteira procurei
entre a paixão e a dor

lá for a o vento
nem sempre sabe a liberdade
gente perdida
balança entre o sonho e a verdade
foge ao vazio
enquanto brinda, dança e salta
eu trago-te comigo
e sinto tanto, tanto a tua falta

lá for a o vento
nem sempre sabe a liberdade
a gente finge
mas sabe que não é verdade
foge ao vazio
enquanto bebe, dança e ri
eu trago-te comigo
e guardo este abraço só para ti

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

por dizer (11h01 a.m)

E se eu dissesse que não há simplesmente palavras possíveis que consigam descrever todo este grandioso "Mundo" ? É verdade, é uma mistura do tudo e do nada. Não irei falar das famosas futilidades, esse assunto já entrou tantas vezes em debate que nem vale a pena repetir as mesmas palavras. Para entrar a 100 e sair a 200? Não.
Parece que algo me chamou, algo me envolveu, algo me cativou. Adorava que tudo fosse simples como nos mais conhecidos contos, aqueles em que têm um final feliz. (Acho que sinceramente, é o desejo de qualquer um.) Mas como não sou pessoa de entrar em demasiadas ilusões, prefiro limitar-me a olhar para a realidade e a fazer dela a minha própria vida. De que nos vale ficar sentados numa cadeira à espera que o que mais desejamos nos caia nas mãos? E se o 'vosso' maior desejo for parar às mãos de outra pessoa que também o deseja, irão conseguir agarrá-lo outra vez? Todos nós (penso) gostamos de sonhar e de acreditar que um dia, tudo vai ser exactamente igual ao que desenhamos na nossa mente. Somos tão ingénuos que chegamos ao ponto de ficar agarrados de tal forma a esse sonho, que, quando ele não se concretiza, vamos completamente ao fundo do poço e fechámo-nos no nosso quarto, ao qual eu chamo "o nosso Mundo".Fechamo-nos na nossa música, à qual dizemos " a musica da minha vida ". Fechamo-nos nas palavras trocadas, nas conversas sem fim ... Deixamos sempre que o orgulho nos envolva. Achamo-nos tão sentimentalistas e acabamos por ser uns fracassados e não conhecemos nada da Vida. Como é possível acharmo-nos sentimentalistas se ainda nem chegamos a metade do percurso da nossa vida? Se continuarmos assim, o que iremos dizer quando chegarmos à meta e passarmos a fita branca a uma velocidade imensamente reduzida (pois a capacidade de 'correr' já não é como agora) ? Ainda há tanto sentimento por descobrir, por decifrar. O "nosso" mal, o mal de todos os jovens, é basear-se apenas no que conhecem sem darem a oportunidade de o outro divulgar também os seus conhecimentos. Baseamo-nos demasiado no nosso orgulho, e é por isso que muitas vezes, deixamos sempre coisas por dizer/fazer.
Mais tarde (quando já tivermos todos 3 pernas) vamos sentir falta dos momentos "mal vividos" e vamos dar valor aos outros, não pelo mal que fizeram, mas sim por simplesmente tentarem dar tudo deles e por nos transmitirem todos os seus conhecimentos e a nossa estupidez, a nossa alma lhes disse "Não aceito".

domingo, 14 de setembro de 2008

a vivacidade persegue-me

"Não ajudo os outros com o objectivo de ser correspondida de igual forma".
Sempre foi uma das grandes frases da minha vida e nunca me arrependi de o dizer. Mas neste momento, sinceramente, já nem sei o que é melhor para mim. Serei eu capaz de continuar a dar todas as minhas forças a todos os que vejo com uma lágrima na cara? Já nem força suficiente tenho para mim, quanto mais para os outros ...
Está na altura de definir prioridades e objectivos, de mudar, de tomar consciencia de todos os actos. Está na altura de ser cada um por si. Cada um vai seguir a estrela do seu caminho. Nunca fui pessoa de grandes pontos de interrogação, nunca cheguei ao ponto de navegar sem destino, nunca naufraguei nem necessitei de gritar por uma ajuda. Nunca fui pessoa de cruzar os braços como os fracassados que não dão valor ao que têm, nunca fui pessoa de medos nem de vertigens. Nem nunca serei. "Gosto demasiado da minha vida para desprediçá-la com futilidades". Sei perfeitamente tirar partido de cada minuto vivido, sei aproveitar de forma a mais tarde manusiar, com cuidado, as mais belas fotografias e as cartas escritas com alma e coração. Haverá sempre uma lágrima derramada, caída na covinha de um sorriso rasgado de pura felicidade, e esta pura felicidade porquê? Porque irei dizer assim "Foi aproveitar até à ultima." Na verdade, o ser humano consegue ter muita mais vitalidade, força e determinação do que pensa, temos é todos a "mania" de nos rebaixar-mos perante outros, ou de simplesmente baixar a cabeça e deixar que o orgulho se apodereça de nós.

Novo capítulo, novas forças, novos objectivos, novos caminhos (...) Vem aí !

domingo, 7 de setembro de 2008

fraquezas

Olha para este céu, meu deus. Que "coisa" mais incrivel, mais rica, mais fascinante. Repleto de brilhos, sorrisos, lárgimas (...) Foca-te nele, apenas. Sente-o, ouve-o, fecha os olhos, estende a mão, tenta acançá-lo. Põe uma musica a tocar, vibra com ela, chora (caso seja preciso). Não se torna tudo mais fácil de alcançar ? Olho nos teus olhos e vejo a mais profunda tristeza, a tua mágoa, a tua decadência. Via-te como um herói, capaz de ultrapassar mundos, viver todas as emoções, enfrentar batalhas e gritar vitória. Agora olho novamente, vejo um fracassado, um "braços cruzados", um olhar triste. Eras tão incrivel, tão cheio de vida. Eras capaz de fazer mover os mais persistentes, de fazer sorrir os mais decadentes. Tinhas o teu dom de fazer curar, tinhas o teu brilho, a tua auto-estima. Eras tão dono de ti próprio que nem davas conta do Mundo onde vivias, do que governavas em teu redor. Eras dócil, fruto do mais poderoso. Eras simples, vitorioso. Controlavas uma grande parte de ti, possuias os mais fortes pensamentos e elogiavas as mais belas virtudes.
(Passado, talvez esta tenha sido a personalidade de muitos perdedores de hoje em dia. Vou caracterizar o presente.)
És tão cego, tão influenciado. Não tens os teus pensamentos, os teus dons, o teu brilho. És como um barco que navega sem destino. Talvez, na tua "ingenuidade" (se ainda te lembras dela), penses que o Mundo só é belo com (aquilo que hoje em dia se denomina "pessoas") com umas boas calças, umas boas sapatilhas, uma boa camisola. Só queres parecer bem por fora, estás completamente arruinado por dentro. Estás sem alma, sem espírito. Concluindo, és feito daquilo que as pessoas dizem de ti. Não és capaz de simplesmente gritar no meio da rua mais movimentada da Cidade Invicta que estás completamente farto das banalidades do dia-a-dia, das pessoas sem mentalidade, sem fruto, sem vida. não és capaz e sabes porque ? Porque no fundo, mas bem lá no fundo dizes "Sou como eles, se o fizer, o que irão dizer de mim?" Neste momento, a geração dos 14 aos 18 é (apenas) constituida por fracassados, inuteis, futeis, materialistas e superioridade.

Volto a repetir, são as (simples?) banalidades do dia-a-dia.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

(3h13 a.m)


Estou neste preciso momento embrulhada em papéis escritos, rasgados, repletos de sentimentos e sou incapaz de pegar neles com a minha própria delicadeza e deitá-los fora. Estou seguindo a letra da música para tentar interiorizar na minha mente certas acções mal explicadas. Deixa-me ver se aguento mais umas horas acordada (...) "Sai mais um café para mim, se faz favor" , tentando fingir que está alguém acordado, mas não.
A noite é cada vez mais escura, as estrelas vão desaparecendo lentamente, até permanecer só a estrela mais cintilante, a mais "chamativa", a mais "verdadeira". Sim, as estrelas guardam segredos. Eu cá, confesso, tenho o saudável vício de comparar estrelas com árvores. Chamem-lhe o que quiserem. E a lua ? Essa é invisível aos meus olhos. E as nuvens? Essas são impossíveis de alcançar. Esfrego novamente os meus olhos, talvez seja o sono que não me deixa ver certas coisas. E se o sono permanece-se em mim 24horas sobre 24horas? Será que taparia também sentimentos, momentos desagradáveis? Eu sei lá, um dia hei-de pedir ao sono para ficar sempre em mim.
Eu não me acredito em histórias de príncipes encantados, de felicidade eterna, de amores correspondidos, histórias de "meninas". Eu não me acredito no famoso "para sempre", não me acredito em palavras ditas da boca para fora, mas que não são completadas com acções. Se calhar já cheguei a acreditar, mas isso não importa. Já não importam as noites acordadas a desabafar, com as lágrimas a quererem-se soltar, já não importam os sorrisos trocados, os olhares, os "meus e minhas" . É tudo demasiado abstracto para neste momento, entrar na minha cabeça. É duro dizer, mas é a mais pura das verdades. Eu um dia ainda cheguei a acreditar em tudo o que me faziam sentir, teria eu os olhos tapados? E se o tempo voltasse para trás, será que seria tudo igual? Oh, ninguém tem respostas para isto, esqueci-me de que agora somos todos uns fracassados, uns sem sentimentos, uns descartáveis, uns fúteis. são as (simples?) banalidades do dia-a-dia.




(Espera, eu tenho um desejo, hei-de pedir na próxima noite à estrela que permanecerá mais tempo acordada. "Oh tempo, volta pra trás e faz-me acreditar na ingenuidade de outros tempos,novamente".)

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

historias ?


E lá está ele novamente. Descontraido, querendo sempre meter o bigode onde não é chamado, continua a penetrar noutras almas, olhando por entre os corpos, procurando com os seus olhos grandes e pretos, a alma mais desejada, a mais bela. Não pensa nas consequências dos seus actos. Só pensa em atingir o seu único objectivo. Muitas almas só querem que ele o concretize, só querem um segundo de paz, tentando desanuviar de toda a maldade que ele fez. Ele caminha, caminha.. Ancioso, só consegue ver a beleza da alma que a sente cada vez mais próxima. Ele sai fora de si, ele fica descontrolado e perde todos os sentidos. É este o momento mais chocante da história, o momento em que toda a gente à sua volta sofre. Entra por entre os ventos, sobe por entre as árvores, voa por entre as nuvens, alcança ceus, mundos, poderes. É o interminável chefe, o todo-poderoso. Não é só filosofia, muito menos história da 2ª guerra mundial. Ele existe, toda a gente quer saber onde ele se encontra. Todas as almas querem descobrir como alguém consegue ser tão cruel, como alguém consegue dominar mundos e mundos sem fim, consegue controlar o mais incontrolável, consegue fazer tudo para encontrar a sua princesa. Ninguém sabe se é amor, ou pura fixação. É algo que não sai das almas das pessoas. mas afinal, quem és tu ?

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

(artes.)


Abraço uma perdição que me foi oferecida à nascença. Um dom, uma maldição que me acompanha a cada gesto, cada inspirar. Perco-me em tudo e em nada, a arte da decadência floresce em mim. Tudo tem a sua arte, até mesmo saber cair. Saber perder o controlo de tudo o que nos rodeia, e dançar enquanto tudo à nossa volta desmorona. É a última dança, mas que seja a mais bela de todas, que seja a dança que nos retira o fôlego pela última vez. Sentir o coração a fugir-nos do peito atrás da vida que se perdeu. Amar o negro que nos envolve a alma... e desfalecer no chão envenenado com a nossa alma gémea. É essa a arte de saber cair, a arte da decadência. É esse o meu dom, a minha maldição. E irá continuar assim, nada conseguirá mudar esta maldição. Espera, será "maldição" a palavra mais adequada ?
Eu cá penso que é mais uma forma de encarar a vida.

quarta-feira, 30 de julho de 2008

(re)contar

"E o vento continua a correr, a uma velocidade impossível de calcular e é impossível perceber a sua existência. E, sentada, naquele banco de jardim, com ele a sentir bater na suposta "cara quente", é ele que revoluciona os antepassados. Quantas e quantas lágrimas já terão sido lá derramadas, sem qualquer motivo ou simplesmente, por causa de um falso esquecimento. Quando o sol se põe, já o vento não consegue manter a sua agradável temperatura. É aí que a cara gela. É como aqueles contos infantis, onde por vezes o tempo pára quando lhe apetece, mas a história prossegue sempre. O tempo pára." Eu gostava de perceber porquê que eu gosto tanto de escrever sobre o meu passado ou sobre os meus sentimentos, sinceramente nunca dei conta da quantidade de vezes que já escrevi sobre a minha vida. Deixa-me dar a volta a isto e tentar contar uma história não minha. "Continuo naquele banco de jardim, sentada. Já não há possível ruído, a não ser o som das corujas ou das folhas, quando o vento lhes passa por cima. Há um profundo silêncio naquele local, o silêncio da noite invadiu o local mais movimentado à luz do dia, incrível. Sente-se uma calma imensa que eu sou incapaz de a conseguir descrever. Não há forma do sono se apoderar de mim, nada me consegue fazer mover. Já não existem lágrimas derramadas, já é um começo. Ainda me questiono sobre as minhas atitudes, os meus gestos, a minha personalidade. As certezas desaparecem, parece que o silêncio da noite também as cobriu de dúvidas, são só palavras soltas agora. Digo porquê isto, porquê aquilo mas nunca consigo obter resposta. Oh vento, ajuda-me. e pergunto também "porque razão estou eu aqui sozinha, no meio do nada, a questionar-me, se não tenho ninguém capaz o suficiente para me responder ? " pois, acabei por fazer outra pergunta, mas que parvoíce. Calma calma, o vento está a tentar transmitir algo, está a tentar ajudar-me. Olha, era só impressão minha. As horas passam, parece que finalmente o sono chegou. Quando estava eu mesmo, mesmo a fechar os olhos, quase a desligar-me do mundo, ouço algo. É de estranhar... Vejo um vulto a caminhar em minha direcção, fico imóvel. É a pessoa do meu suposto falso esquecimento, mas que coincidência, penso eu. Com um incrível à vontade ele senta-se, mas nem uma palavra pronuncia. Como é que eu seria capaz de estar acordada assim ? Mas é óbvio que voltei a adormecer. E o resto ? O resto prefiro guardar para mim, é que foi tão bonito, tão sentido, que não sou capaz de dizer simplesmente uma palavra. " Mas será que só consigo falar de mim ou estarei eu a caracterizar alguém ?

segunda-feira, 21 de julho de 2008

crescimento

É algo sem definição. Quais dicionários ou enciclopédias ou até mesmo, filósofos formados nos melhores colégios. Cada um exprime a sua opinião, cada um a divulga, pensando ser a definição mais correcta, a que mais se adapta. Ainda há aqueles que acreditam nas definições imprimidas numa folha de papel do livrito da escola. Mas afinal, haverá alguém neste mundo capaz de a caracterizar da melhor forma? Haverá alguém que tenha a decência de provar que os sentimentos não se definam por palavras, não têm definição ? o problema é mesmo esse, não existe nenhuma alma capaz de por uma cruz por cima desta incógnita e acabar com as falsas definições. (...) Eu reconto ...
Era calma, muito simples. Existia uma enorme força lá dentro, que ninguém mesmo conseguia fazê-la derramar uma lágrima. Era envolvida pelos sorrisos contagiantes dos mais próximos, era capaz de derrotar muros e vencer as mais perigosas batalhas. É esta a verdadeira definição, ou melhor, uma das supostas, saber dizer as coisas no momento certo, saber cativar, saber lutar. Tudo se aprende lá, toda a gente passa por ela. Há quem não a viva da melhor forma, há quem tenha de lutar o triplo só pra conseguir metade dos objectivos de outros que não mexem uma palha. Há quem tenha de sofrer muito só para a viver da melhor forma possível. Mas como lá as coisas são simples, torna-se fácil por vezes dar a volta à situação. O tempo passa,as pessoas saem de lá e passam para a fase seguinte. Não, não estou a caracterizar um jogo de computador. A honestidade, a simplicidade, a transparência e a força desaparecem. Começam a aperceber-se da realidade, do dia-a-dia, dos problemas. Lá se vão os sorrisos contagiantes e a forma de “saber cativar”. Lá se vai a magia, o encanto. Começa a existir permissão para a entrada de outras almas nesse Mundo, novos conhecimentos, novas aptidões, novos sentimentos. Vêm os problemas por tudo e por nada, as crises de choro, as discussões, os conflitos. O tempo continua a passar e isto deixa tudo de existir, passam para a fase seguinte. Calma, eu ainda não cheguei lá, não a posso caracterizar. Mais tarde eu tento, se achar que sou capaz de o fazer. E isto, foi definição de que ?

domingo, 20 de julho de 2008

melancolia .

É uma gélida parte, algo marcante que decidiu ficar dentro deste livro carregado de pó e repleto de momentos . Esta parte persiste, teima em ficar. Não é fácil esquecer, aliás, cada vez é mais difícil. Há ainda um sentimento chamado "saudade" . pode ser um sentimento reconfortante, livrando-se do lado sombrio da melancolia e ficando apenas com o lado bom do que está longe , de quem não está mais aqui ... por outro lado, pode ser o sentimento que mais nos magoa, que mais nos marca.E em toda a nossa vida, este sentimento irá existir. Pode ser bom, cada um faz dele o que quer. Cada pessoa, pode tornar a saudade n'outro sentimento e mais tarde, pode até matá-lo. Vai sempre existir a saudade de certas pessoas, de certas palavras, de certos momentos. Ninguém consegue impedi-la, é algo mais forte que nós, mais forte que tudo. Mesmo que continuemos a negar que ela não existe e que esquecemos o passado, continuamos a mentir, a criar uma ilusão dentro das nossas almas. O melhor, é admitir que se sente saudade. porque é bom, é sinal de que gostamos tanto de sentir outra alma em nós, gostamos tanto dos momentos, que iremos recordar para sempre. O melhor para diminuir as saudades, é aproveitar tudo, até à ultima, até não termos forças para mais, até que perdemos o fôlego e sentimos o coração a bater-nos na cara. E no final, já na despedida, onde às vezes surgem as pequenas lágrimas, um abraço .