quinta-feira, 23 de julho de 2009

better together



"I believe in memories they look so pretty when I sleep, and when I wake up you look so pretty sleeping next to me, but there is not enough time, and there is no song I could sing, and there is no combination of words I could say, but I will still tell you one thing:
it's always better when we're together"

domingo, 19 de julho de 2009

probabilidades sem dignidade



Só demonstraste falta de carácter, falta de personalidade, falta de civismo. Demonstraste não merecer o respeito que eu, um dia, te ofereci de mão beijada, sem esperar que me retribuísses. Talvez tivesse que esperar que me oferecesses, ou talvez não deveria ter-te oferecido tão facilmente esse respeito ou talvez… um jogo de não sei quê das probabilidades.
Estudei muito bem cada bolinha azul que poderia sair da caixa das probabilidades por isso qualquer uma jamais me deixaria surpreendida. Talvez magoada, talvez sofrida, talvez frustrada.
Não és santo, não rezas todas as noites nem és pessoa de nunca fazer mal a outro alguém, nem te julgo por isso pois tudo o que é Homem erra, tudo o que é Homem magoa. E, no meio de tantas probabilidades – para meu mal, ora não seria isso de esperar – calhou-me logo aquela bolinha azul do teu destino. Lamento conjugar-te assim, conjugar as minhas e as tuas coisas separadamente como se nunca fossem nossas. E se a vida te levou por esse destino, eu só rezo que mais tarde batas com a cabeça na parede e percebas que nem sempre é correcto seguir o que é suposto seguirmos, mas sim o que sentimos. Perdeste a coragem que tinhas, perdeste tudo por não assumires os teus actos, perdeste o meu valor por ti e pelo teu boneco. Tudo o que é Homem perdoa, pois tudo o que é Homem tem sentimentos. E se eu algum dia te perdoar, valoriza a minha atitude, valoriza o facto de eu, ao contrário de ti e do teu actual boneco de peluche, ter a dignidade (aprende esta palavra, não a deves conhecer) de olhar para todo o sentimento que me envolveu, de olhar para o meu coração, para o teu coração e dizer “sim, eu perdoo. Mas só porque me quero sentir bem comigo própria”.
Não mereces o que te ofereci, mas não penses que não mereces pelo que fizeste. Não mereces pelo que não fizeste depois desses teus actos, o que é ligeiramente (ou até, completamente) diferente, como queiras. Não me vendas os olhos só para eu não retirar aquela bolinha azul que tu tanto desejavas, já as conheço e, por isso, qualquer uma delas me deixava “na maior”. Porque o que conta não é o que a bolinha azul diz para tu fazeres, conta o que tu decides fazer depois de seguires as pegadas dessa bolinha.
Espero que um dia esse boneco de peluche se encha de pó e que possa sofrer o que eu sofri por ti. A partir de agora, tu e o teu boneco de peluche podem viver felizes para sempre e sabes que mais, meu amor? Serei tão ao mais feliz que tu, só pelo facto de saber lidar com os meus sentimentos, de não os esconder e fingir que são outros. Tu de príncipe já nada tens – tornaste-te num boneco de peluche igual ao que possuis agora, que para mim significa apenas lixo - eu continuo uma mulher com coroa, continuo princesa e não preciso de príncipes como tu para saber sorrir.

Não retires a próxima bola azul tarde demais.

domingo, 12 de julho de 2009

vacaciones


Camping & friends (...) Até dia 18!

segunda-feira, 6 de julho de 2009

three + two


"No matter what you say about love, I keep coming back for more, keep my hand in the fire, sooner or later I get what I'm asking for (...) you're still a part of everything I do, you're on my heart just like a tattoo."

Senta-te aqui, vou-te contar uma história. Não a definas como ‘lamechas’, promete-me que não adormecerás e que irás fixar cada frase que eu te contarei ao ouvido.
Sabes, tenho ainda presente em mim aquela tua chegada de comboio. Sinto ainda aquele turbilhão de emoções, aquele friozinho e arrepio de pele. Ouço ainda a chegada das carruagens e o esvoaçar das folhas estaladiças e características da estação do ano em que nos encontrávamos. Imagino que te vejo agora com o teu andar desajeitado e as tuas calças descaídas que me irritavam constantemente, o teu vício de olhar para as horas no teu relógio e a seguir avançares no leitor de música que te acompanhava em todas as viagens. Observo-te a caminhares em minha direcção e como provocas (ou provocavas) um acelerar do meu batimento cardíaco. Sabes, talvez nunca tivesse tempo para te dizer que, independentemente das muitas vezes que eu já estivera contigo, não existiu uma única vez em que o meu coração não batesse mais veloz quando te observava. Sim, porque eu deixei de te ver com os meus próprios olhos e passei a ver-te com o coração e todas as palavras foram proferidas pelo coração. Sempre senti o desejo de te beijar à primeira vez que te visse, o meu mal foi controlar demasiado os meus impulsos. Admiro a espontaneidade e ao mesmo tempo só queria deixá-la de parte, era demasiado contraditória nos meus actos. Por isso controlei o desejo de te beijar quando te aproximaste e senti aquele arrepio na espinha só de te ver novamente. A tua voz jamais esquecida permaneceu no meu ouvido durante vários dias. Era como se a ouvisse a cada comboio que passava ao meu lado quando passeava pela estação, na esperança que fosses tu uma das pessoas que saíra de lá carregado com as suas bagagens e apressado para chegar o mais rápido possível aos seus próximos.
Tenho saudades dos nossos tempos, os tempos em que nos envolvíamos perdidamente como se não existisse o amanhã. Tenho saudades de te observar ao longe e saber que é comigo com quem vais ficar o resto do dia e que é em minha direcção que caminhas. Tenho saudades de te ouvir a contar as histórias da tua vida e de te ver sorrir a cada palavra minha.
Não sei se algum dia tu saberás o quanto me marcaste, que o teu nome ficou gravado no meu corpo como uma tatuagem e só tu me podes controlar com as tuas garras. Mas também perdi o interesse de saber, assim como tu perdeste o interesse nas nossas vivências. Assim como tu definiste as tuas regras do jogo eu defini as minhas, assim como cada um de nós delineou o seu percurso de vida. Sinceramente, sempre fugimos à regra. Sempre fomos a excepção em todos os jogos que nos aliciavam, sempre quebrámos regras e leis estipuladas. Mas a nossa meta apareceu mais cedo do que nós esperávamos e era praticamente impossível modificar a lei que se apresentava à nossa frente. Algum dia chegaríamos ao nosso limite, é verdade. Assim como não existia uma regra que pudesse ser aplicada a ambos, assim como nos perdemos em todas as complicações criadas entre nós.
Desejo voltar a desvendar cada mistério teu, desejo possuir-te novamente e saber que apenas eu poderei percorrer as minhas mãos por todo o teu corpo, desejo envolver-me novamente nos teus braços e sentir que me proteges a cada nascer do sol. Nunca te revelei certos segredos relacionados contigo mas talvez seja este o momento mais oportuno. Todas as noites apareces ao meu lado, como se os nossos tempos voltassem, voltassem fácil demais. E todas as noites imagino-te a sair daquele comboio com os teus olhos a cintilarem e com a brisa a bater-me na cara envolvida com o teu perfume característico. Todos os dias te sinto comigo pois todos os dias continuo disposta a entregar-te o meu coração. E se algum dia duvidares que eu fui completamente tua, peço-te para te lembrares da nossa cumplicidade, das nossas cartas trocadas quando éramos inocentes e não esperávamos o que nos iria acontecer no futuro. Quando a nossa compatibilidade era a perfeita e ninguém nos destruía. Talvez fossemos demasiado compatíveis e costuma-se dizer que tudo o que é em exagero perde o seu devido valor. Como sempre fomos a excepção, o lema de “os opostos atraem-se” nunca se adoptou à nossa história.
Permaneço com mil e uma dúvidas na minha mente, não sei se sou eu quem continua a ser a dona do teu coração e se já ultrapassaste o obstáculo que se atravessou à tua frente. Não sei se me desejas da mesma forma que sempre me desejaste.
Gostava tanto que o amor ganhasse asas e voasse, voasse como uma andorinha: desaparecia da mesma forma como aparecia, rápido e fácil. Como as andorinhas que escolhem o seu refúgio e os seus locais de convívio, eu gostava que um dia o amor escolhesse os corações que quisesse amar. Mas talvez seja esta a característica principal do amor e talvez seja isto mesmo que apimenta a paixão.
Por agora não entres no comboio, fica ao meu lado mais uma noite e vamos voltar aos nossos tempos, vamos envolver-nos nesta paixão que sempre nos perseguiu, vamos esquecer o que é suposto fazer e fazer o que é suposto sentirmos. Pela primeira vez, vamos seguir ambos a mesma regra: “o sentimento vence tudo”.

sábado, 4 de julho de 2009

parece fácil


Gostava tanto de me sentir assim todos os dias.