sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Eu sou tudo aquilo que escrevo

Sou moderada. Sou sempre aquilo que tenciono ser e muito fiel às minhas palavras. Por vezes tranquila, outras explosiva. Sou aquilo que nunca ninguém será e tenho consciência de todos os meus actos. Sou deveras perspicaz, não admito faltas de respeito nem abusos de confiança quando não é o momento apropriado para tal. Não gosto de olhar, prefiro observar aquilo que me rodeia e de apreciar todos os tons e todos os gestos que possam a vir ser maléficos. Extremamente irónica, pois a ironia é e será sempre a melhor maneira de superar aquilo que nos tenta deitar, de certa forma, para o fundo da terra; será aquilo que nos proporcionará um enorme prazer sempre que a usarmos e a que fica bem em qualquer momento de pura diversão. Sou uma autêntica tagarela e espontânea em todos os meus actos. Sou a mesma para todas as pessoas e muito fiel aos que me suportam a alma. Sou uma apaixonada pelos irmãos, uma dedicada aos pais, uma babada com a sobrinha e uma palhaça para com a cadela. Respeito-me, gosto que me elogiem e que me digam as verdades. Gosto que me abram os olhos e me ajudem a ser ainda melhor e gosto de deixar felizes e orgulhosos aqueles que lutam por mim. Tenho uma panca pelo Patrick Dempsey e adoro passar tardes a ver séries, especialmente a minha anatomia de grey, o incrivel de Lie to me e as palhaçadas de how I met your mother. Devoro chocolates e gosto de tomar café num sítio especial que é onde me sabe sempre bem. Nunca sei o que vou fazer no dia seguinte pois não faço grandes planos antecipados, mas sei sempre com quem vou estar. Gosto de bons textos, ler nas entrelinhas e de relaciona-los comigo e é incrivel como a Margarida Rebelo Pinto faz isso tão bem e tão subtil.
Não gosto de pessoas burras nem de pessoas que não se esforçam minimamente para serem alguém nem gosto de pessoas que se queixam demasiado daquilo que têm em vez de se valorizarem a elas próprias; não gosto de pessoas que admitem que a culpa nunca será delas nem daquelas que apreciam a superioridade quando, na realidade, são tão iguais a todos os humanos. Somos humanos, não somos mais nem menos que ninguém; possuímos todos os mesmos direitos e deveres, as mesmas capacidades para sermos excelentes em tudo o que realizamos e temos todos a sorte de ter um cérebro com neurónios em perfeitas condições. Somos uns sortudos por não sofrermos nenhuma mutação no meio de milhares que existem! Dou um importância peculiar às boas e sentidas palavras e gosto especialmente quando me são proferidas pessoalmente e, por muito belas que sejam, gosto que venham sempre com um gesto de igual categoria, que actos são o que realmente valem. Não gosto de me chatear com ninguém e quando vou perdendo pedaços, deixo-os ir com a minha mais profunda consciência tranquila de que, de minha parte, fiz o que deveria ser feito e disse sempre aquilo que me vinha na alma. Tenho o meu orgulho, embora reduzido comparativamente com outros tempos em que o deixava vencer-me em todas as batalhas. Sou uma sentimentalista no mais perfeito bom sentido da palavra, uma pitada de frieza sabe sempre bem para acalmar a maré. Tenho saudades de tudo, sou demasiadamente boa pessoa pois penso que deveria ter acrescentado mais qualquer coisa ao último diálogo, mas chego à conclusão que a vida é mesmo assim – faço sempre tudo aquilo que está ao meu alcance e tenho pena de quem prefere deixar levar o que perdeu com o vento em vez de se agarrar; sou a prova viva de que oportunidades nunca se perdem e sou apologista de que nunca é tarde mais para acabar aquilo que se deixou em águas de bacalhau.
Sou um coração que se deixou apaixonar com o tempo e que escolheu o melhor estilo de vida: ser feliz! Sou feliz com tudo aquilo que tenho e todos os dias me agradeço por viver assim. Luto muito por aquilo que quero e fico extremamente eufórica quando conquisto as minhas metas pois, no fundo, eu sou um coração adolescente que vive a vida de todas as maneiras possíveis e imaginárias, que gosta de andar a 100 Km/h e de vir acompanhada por alguém que lhe reduza a velocidade; sou um coração de manteiga que oferece um sorriso à vida.

3 comentários:

Vera disse...

Muito bonito Catarina, e fizeste a escolha certa, ser feliz é sem dúvida a melhor de todas!
Um beijinho :)

Raquel M. disse...

Tal como contigo, a Margarida Rebelo Pinto consegue escrever para o meu coração. Acerta nas palavras, no momento e no sentimento. Acerta, muitas vezes, naquilo que a minha própria vida me faz sentir. Tens as palavras certas q descrevem as coisas da melhor maneira. Adoro o texto anterior, e o filme que representa a imagem :) Tal como tu, sou uma apaixonada, e vivo as coisas intensamente para nunca deixar nada por fazer, nem por dizer, nem por sentir :D

Anónimo disse...

muito bom