New fresh age!
"O mal de quase todos nós é que preferimos ser arruinados pelo elogio a ser salvos pela crítica."
terça-feira, 9 de novembro de 2010
sábado, 6 de novembro de 2010
Nunca me cansarei
Um dia disseram-me “nunca me cansei de ver as estrelas, porque o mundo nunca se cansou de sonhar”; tanta conformidade entre o pensamento e o seu objecto que estas poucas palavras nos trazem, ora não fossem os sonhos a base da felicidade de cada um. Diga-se, certamente, que esta actividade mental não dirigida nos poderá trazer algumas lembranças ao acordar. Eu digo que sonho muito com aquilo que vivo, pois gosto de conhecer o produto do devaneio, o que está além do alcance da minha mente; a ilusão que, mesmo que não passe disso mesmo, me rasgue um sorriso quando passar pelos grãos de areia que vou coleccionando nesta minha cabeça. Poderá ser ligeiramente utópica esta minha constatação, porém que nenhuma alma caridosa me venha dizer que não gosta de sonhar.
Eu gosto de me imaginar num outro mundo, numa outra dimensão se não aquela em que vivo; um local mais pacifista, justo e decente. Gosto de pensar que poderei chegar a esse mundo, mesmo que as minhas pernas já não tenham força para andar, mesmo que os meus olhos deixem de piscar, mesmo que o meu cérebro já não esteja em condições para pensar, mesmo que os meus pulmões deixem de receber oxigénio, mesmo que o meu sangue deixe de percorrer as minhas veias… mesmo que o meu coração deixe de bater. Gosto quando o meu subconsciente vai mais além e me relembra o que de bom esta vida nos traz.
Há uns tempos ofereceu-me um belo presente encantado cujo seu embrulho me atraiu de imediato. Cuido de tudo o que me dão, desde o mais pequenino detalhe, como forma de agradecimento à minha bela vida que se tem lembrado muito de mim ultimamente. Tu, que cuidas de mim exactamente do mesmo modo, fazes-me ver que esta vida dá muitas voltas e recompensa realmente quem merece; fazes-me ver que as estrelas retribuem o brilho que recebem e que vale a pena esperar pelo dia certo que dará início a uma nova etapa repleta de partilha e felicidade; fazes-me ver que vale sempre a pena colocar medos à parte e arriscar, agarrar o momento e desfrutar; fazes-me ver que o que sinto por ti e tu por mim é tão ou mais bonito que os sonhos, pois melhor que sonhar no que poderá acontecer no dia seguinte, é vivê-lo. E eu hoje vou adormecer a olhar para as estrelas, só para elevar a minha mente mais uma vez até ao mundo encantado que um dia me encontrará e para dormir encostadinha ao mesmo sentimento que vivo todos os dias ao teu lado, pois se são as estrelas que nos iluminam a noite e nos proporcionam estas brilhantes ilusões, então eu só pararei de sonhar no momento em que as estrelas morrerem.
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
Seis e seis
"Tu olhas para uma pessoa, uma pessoa que sabes que não é uma pessoa qualquer, porque o teu olhar fixa-se nela e quando ela olha para ti e sente o mesmo que tu, sentes que alguma coisa vai acontecer. Não sabes nada ainda, mas intuis, intuis com os teus sentidos, com o teu corpo e às vezes com o teu coração que aquela pessoa pode ter qualquer coisa para te dar, que não sabes o que é, mas sabes que um dia vais descobrir e que esse dia pode ser nesse momento, e é então que tiras os dados do bolso e os lanças para cima da mesa.
Quando nos interessamos por alguém, nunca sabemos no que vai dar. Lançamos os dados como quem os deixa cair quase por acaso e muitas vezes nem queremos saber quanto deram: um e um, dois e quatro, três e três, cinco e dois, é sempre um mistério, porque a sorte também manda na vida, manda mais do que queríamos e menos do que gostávamos, por isso desconfiamos dela sempre que nos é favorável, mas aceitamos as suas traições como a ordem natural das coisas, por mais absurdas que sejam.
Os dados caíram quando levantaste o copo e eu vi no chão seis e seis, vi-te a apanhar os dados e a rir, ouvi a tua voz e quando começámos a conversar, percebi que os dados estavam certos.
Gostamos de tudo um no outro; eu gosto da tua casa, da tua música, da tua forma desligada de olhar para o mundo e a forma como te divertes com tudo o que te rodeia. E tu gostas da minha alegria de viver, do meu sarcasmo cirúrgico, de dizer sempre tudo o que penso, sinto e quero, mesmo quando não estás preparado para me ouvir.
Eu gosto de te conhecer e de te perceber, porque és diferente dos outros homens e tu gostas que eu te entenda melhor do que as todas as mulheres. E gostamos de estar um com o outro; à mesa, em casa, com amigos, sem amigos, com sono, sem sono, mas sempre perto quando estamos perto, mesmo que fiquemos longe quando nos afastamos.
Acredito que todos temos direito a ter sorte e que, quando alguém aparece na nossa vida de repente, ou é porque nos vai fazer bem ou é porque nos pode fazer mal. E eu vi-te com bons olhos desde o primeiro momento, achei que me ias ajudar a limpar a tristeza, que a tua presença quase imperceptível na minha vida seria como um bálsamo, uma música perfeita e harmoniosa, um dia ao sol, ou uma noite em branco, daquelas que nos fazem pensar que a vida está cheia de surpresas boas e que vale mesmo a pena estar vivo, só para as saborear.
Tu foste e és tudo isto, e ainda mais agora (...) Quando lançamos os dados, nunca sabemos no que vai dar; tu podias ser um assassino encapotado e eu uma neurótica disfarçada, mas tivemos sorte, porque somos duas pessoas normais, com coração, e dois ou três princípios que nos fazem estar bem com a vida e com os outros."
Não há nada melhor do que ler coisinhas destas que são exactamente aquilo que pretendemos dizer e, melhor ainda, é senti-las.
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
come into you
"You've got your ball
you've got your chain
tied to me tight, tie me up again
who's got the claws in you my friend
into your heart I'll beat again
sweet like candy to my soul
sweet you rock and sweet you roll
lost for you I'm so lost for you"
Relacionado com:
pensamentos (re)criados,
sentimentos retratados
domingo, 24 de outubro de 2010
vamos sempre a tempo
“Gosto de arrumar a memória por capítulos, momentos-chave, etapas ou qualquer outra fórmula artificial que não me faça perder o sentido diacrónico da realidade que vivi e que me leve a acreditar que avancei, tantas vezes atrás do tempo, embora sempre a tempo, porque vamos sempre a tempo desde que saibamos aceitar e aprender. A vida espera sempre por nós, só a morte é que nunca espera.”
Vamos sempre a tempo de aproveitar o melhor tempo do mundo.
Nunca perderemos a oportunidade de recuar um passo, alterar o tal vocábulo que nos arruinou e substitui-lo por outro mais doce. Deixamos de ser doces e admirados a partir do momento em que nos perdem o respeito. Deixa-me tentar simplificar isto um bocadinho… Deixamos de ser admirados quando faltamos ao respeito a alguém. Esta tremenda vontade de querer a razão, de sermos, nós, os mais sinceros e menos problemáticos! Aceita-se, ironicamente, a complexidade de todos estes problemas que dariam a próxima novela da tvi, mas é de refutar a estupidez que tenta gloriar nestas mentes. Não seria muito mais fácil, nós, seres humanos sábios e espertos, procurarmos um tempo pequenino para pararmos, reflectirmos e admitirmos que, de facto, possuímos um bocadinho de culpa e que não vale a pena perder os restantes tempos a embaraçar? Enaltecer o respeito.
Vamos sempre a tempo de alcançar o melhor de nós; de procurar o tempo certo para dar inicio à nossa felicidade. E eu encontrei esse tempinho que me faz ver que vamos sempre a tempo de sermos felizes.
Subscrever:
Mensagens (Atom)