quinta-feira, 23 de outubro de 2008

cuidado com os exageros


Isso de usar máscara a vida inteira, sem se dar conta é preciso ter cuidado. O tempo passa e damo-nos conta que a Vida passou ao lado da nossa lenda pessoal. A nossa lenda não foi devidamente vivida e sentida. Corres o risco de amar e não ser amado porque te esqueceste de tirar a máscara. Ela é boa para nos defendermos, sim. Mas só isso!
STOP com isso! Peço-te... vai-te habituando a tirar o que te bloqueia, porque daí surgem mais e mais bloqueios e pensas que estás certo da tua vivência. Não te iludas! O natural é o NU! Não te deixes vender pelo vírus da sociedade, recua para avançares. Eu sei bem o que isso é, mas parte de ti mostrar ao mundo que és amor em pessoa! Tens mais para dar do que imaginas e tu sabes que sim. To be free, é para ti. Eu vou sempre gostar de ti, mas deixa-me conhecer-te mais e assim a nossa evolução na relação e como seres humanos será mais verdadeira e rica!

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

conheço-te

Encontrei-te! Mas não sei se fiquei feliz ou triste. No primeiro momento sorri, passado segundos o sorriso desapareceu. Parecias-me escondido, por entre medos, ilusões e pensamentos. Aparentavas estar assustado (talvez porque tenhas acordado para a realidade). Não sei se reparaste na minha presença no mesmo local que tu, talvez seja pela pouca importância que me dás. E, na minha ingenuidade, pensava (ou ainda penso) que o valor que te dou é-me retribuído de igual forma. Estarei eu correcta? Importante relevar que não sou a primeira (nem serei a última) vítima dos teus actos inconscientes.
Bem, lá seguiste tu o teu caminho, mas o meu olhar permanecia fixado em ti. Ai, não consigo removê-lo, desculpa! Parece-me que despiste essa tua capa de super-homem, associaria eu este teu acto como uma mudança na tua pessoa. No entanto, penso que não despiste a capa completa, deixaste um pedaço de tecido preso ao cinto preto das tuas calças, ou eu não reparei bem. Melhor dizendo, mesmo sem capa, não mudas o teu interior (por muito que chores, grites, protestes). Não mudaste esse andar desajeitado, pelo qual eu acho uma certa piada. Não perdeste esse vício de arranjar o cabelo e, ao mesmo tempo, pegar no telemóvel para mudar a faixa da música. Continuas com o mesmo estilo de roupa e insistes em usar as sapatilhas mais velhas que tens, mas que vício! Ah, nunca te esqueces dos famosos óculos-de-sol e eu quase que aposto que estás neste momento a ouvir uma música acústica que te faz pensar. Suponho também que daqui uns minutos vás à pastelaria aí ao lado comprar o teu pastel mais apreciado. Já reparaste que conheço cada lugar teu? Já reparaste que cheguei ao ponto de decorar o teu quotidiano e que sei descrevê-lo ao pormenor? Penso que nem te lembraste da minha existência nestes últimos dias, oh meu amor, eu já me habituei. Gostaria de ter neste momento uma máquina fotográfica para te fotografar e, se tivesses novamente a coragem de me dirigir a palavra, mostrar-te-a-ia. Irias sorrir (ou então não acharias piada ao meu papel de papparazzi).
Como já deves ter reparado, habituei-me a lidar com a incerteza, passei a achar uma certa piada à "dúvida". Afinal, foi apenas isso que me conseguiste ensinar.

domingo, 19 de outubro de 2008

coincidências

Foi numa tarde de Verão. Encontraram-se na rua (por acaso) mas nem um nem outro imaginariam que se iriam cruzar e (curiosamente) iriam reparar um no outro no meio da rua mais movimentada daquela cidade. Incrível! Quem diria que o destino os iria unir novamente (cada vez mais acredito nele, mesmo que por vezes ele seja traiçoeiro comigo mesma...). A felicidade um do outro, pelo seu (re)encontro, era visível a uns bons metros. Eu encontrava-me numa esplanada de café, ora olhava, discretamente, para eles, ora olhava para a revista de moda pousada nas minhas pernas cruzadas (claro, querendo sempre mostrar a classe e boa postura) acompanhada por uma boa limonada com pouco açúcar, devido às calorias. Ambos se iam desviando das inúmeras cabeças que lhes apareciam à frente do seu nariz. Erguiam a cabeça para não perderem aquela troca de olhares, mas que enorme vontade de estarem frente a frente! Ela, calma e delicada, ainda tempo tinha para arranjar os seus cabelos loiros que se iam desprendendo dos ganhos com o seu andar ligeiramente desajeitado. Ele, com um ar sempre descontraído, não se preocupava tanto com a sua imagem. (Bem, parece que a infinidade de cabeças nunca mais termina, até eu já me estou a fartar.) "É agora!" - penso eu. Conseguem finalmente chegar perto um do outro, depois de tanta barafunda ultrapassada. Ela, com um sorriso de igual intensidade do brilho do sol, pegava com o seu jeito subtil e de "menina" na mão dele e ele, sempre com os seus olhos cor de avelã fixados nos olhos azul intenso como o mar dos dela, erguia a sua mão, lentamente, e encostava-a ao rosto dela, manuseando-o com imensa delicadeza. As suas almas cada vez mais anciosas de se sentirem novamente, aposto que os seus corações batiam a cem à hora. Permaneciam ambos parados no tempo, era notável a vontade que cada um tinha de falar, mas nem um nem outro tinham coragem suficiente para pronunciar uma única palavra, que seja. Algumas pessoas paravam também, até gosto tinham só de os ver. Mas espera, parece que algo acontece. Ela baixa a cabeça, foca o seu olhar (agora) no chão e ele retira a sua mão da cara dela e dos seus cabelos encaracolados loiros. Entretanto estava uma cliente da esplanada onde eu me encontrava a criticar o mau atendimento do estabelecimento, como se isso fosse possível. Discordo completamente! Se assim o fosse, eu nem me dava ao trabalho de me deslocar até aqui, muito menos colocaria aqui as minhas sandálias (caríssimas, lindíssimas, deslumbrantes). Apesar da sua troca de olhares já não existir, ambos permanecem à frente um do outro. As suas almas estão repletas de sentimentos, no entanto falta-lhes coragem para os divulgar (com imensa pena minha). O resto? Conto mais tarde, quando as minhas palavras forem capazes de caracterizar tamanho Amor!
Chamam-lhe coincidência, ou então destino, a dúvida paira no ar (por enquanto)...

sábado, 18 de outubro de 2008

visualizar


Hoje percebi que cegos são todos aqueles cujos olhos ainda possuem a faculdade de olhar (não a de ver), por mais miupes ou estrábicos que sejam. Este fardo carnal tão tangível às unhas esconde tão bem o que tão de certa te quero mostrar! (E os teus olhos apenas me olham, me fitam - corrimão com pó que não ousas tocar! ). E com tanta máscara, tanta alma revestida de defeitos e de olhos ingénuos que se vão deixando entreter, sento-me aqui e penso: se o meu amor está tão perto, mas tão escondido, o que farei eu para finalmente o deter?


( março de 2008, 11h46 p.m)

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

versão editada: manel bessa


(Influências da noite de 11 de Outubro)

De Rio Tinto a Gondomar
são15 min de distância
queria ter um 800
p'ra lá ir sempre que quisesse
dei cabo da tolerância
queimei aí uns três radares
só para te ter mais perto
só para tu te dares.


E saio agora
e vou correndo
e vou-me embora
e vou correndo
já não demora
e vou correndo p'ra ti
CATARINA Tudo para Ti
CATARINA!


Seja de noite ou de dia
trago sempre na lembrança
a cor da tua alegria
o cheiro da tua trança
De Rio Tinto a Gondomar
são 15m de distância
queria ter um 800
p'ra lá ir sempre que quisesse.


E saio agora
e vou correndo
e vou-me embora
e vou correndo
já não demora
e vou correndo p'ra ti
CATARINA Tudo para Ti
CATARINA!


CATARINA Tudo para Ti
CATARINA!


CATARINA Tudo para Ti
CATARINA!