domingo, 14 de setembro de 2008

a vivacidade persegue-me

"Não ajudo os outros com o objectivo de ser correspondida de igual forma".
Sempre foi uma das grandes frases da minha vida e nunca me arrependi de o dizer. Mas neste momento, sinceramente, já nem sei o que é melhor para mim. Serei eu capaz de continuar a dar todas as minhas forças a todos os que vejo com uma lágrima na cara? Já nem força suficiente tenho para mim, quanto mais para os outros ...
Está na altura de definir prioridades e objectivos, de mudar, de tomar consciencia de todos os actos. Está na altura de ser cada um por si. Cada um vai seguir a estrela do seu caminho. Nunca fui pessoa de grandes pontos de interrogação, nunca cheguei ao ponto de navegar sem destino, nunca naufraguei nem necessitei de gritar por uma ajuda. Nunca fui pessoa de cruzar os braços como os fracassados que não dão valor ao que têm, nunca fui pessoa de medos nem de vertigens. Nem nunca serei. "Gosto demasiado da minha vida para desprediçá-la com futilidades". Sei perfeitamente tirar partido de cada minuto vivido, sei aproveitar de forma a mais tarde manusiar, com cuidado, as mais belas fotografias e as cartas escritas com alma e coração. Haverá sempre uma lágrima derramada, caída na covinha de um sorriso rasgado de pura felicidade, e esta pura felicidade porquê? Porque irei dizer assim "Foi aproveitar até à ultima." Na verdade, o ser humano consegue ter muita mais vitalidade, força e determinação do que pensa, temos é todos a "mania" de nos rebaixar-mos perante outros, ou de simplesmente baixar a cabeça e deixar que o orgulho se apodereça de nós.

Novo capítulo, novas forças, novos objectivos, novos caminhos (...) Vem aí !

domingo, 7 de setembro de 2008

fraquezas

Olha para este céu, meu deus. Que "coisa" mais incrivel, mais rica, mais fascinante. Repleto de brilhos, sorrisos, lárgimas (...) Foca-te nele, apenas. Sente-o, ouve-o, fecha os olhos, estende a mão, tenta acançá-lo. Põe uma musica a tocar, vibra com ela, chora (caso seja preciso). Não se torna tudo mais fácil de alcançar ? Olho nos teus olhos e vejo a mais profunda tristeza, a tua mágoa, a tua decadência. Via-te como um herói, capaz de ultrapassar mundos, viver todas as emoções, enfrentar batalhas e gritar vitória. Agora olho novamente, vejo um fracassado, um "braços cruzados", um olhar triste. Eras tão incrivel, tão cheio de vida. Eras capaz de fazer mover os mais persistentes, de fazer sorrir os mais decadentes. Tinhas o teu dom de fazer curar, tinhas o teu brilho, a tua auto-estima. Eras tão dono de ti próprio que nem davas conta do Mundo onde vivias, do que governavas em teu redor. Eras dócil, fruto do mais poderoso. Eras simples, vitorioso. Controlavas uma grande parte de ti, possuias os mais fortes pensamentos e elogiavas as mais belas virtudes.
(Passado, talvez esta tenha sido a personalidade de muitos perdedores de hoje em dia. Vou caracterizar o presente.)
És tão cego, tão influenciado. Não tens os teus pensamentos, os teus dons, o teu brilho. És como um barco que navega sem destino. Talvez, na tua "ingenuidade" (se ainda te lembras dela), penses que o Mundo só é belo com (aquilo que hoje em dia se denomina "pessoas") com umas boas calças, umas boas sapatilhas, uma boa camisola. Só queres parecer bem por fora, estás completamente arruinado por dentro. Estás sem alma, sem espírito. Concluindo, és feito daquilo que as pessoas dizem de ti. Não és capaz de simplesmente gritar no meio da rua mais movimentada da Cidade Invicta que estás completamente farto das banalidades do dia-a-dia, das pessoas sem mentalidade, sem fruto, sem vida. não és capaz e sabes porque ? Porque no fundo, mas bem lá no fundo dizes "Sou como eles, se o fizer, o que irão dizer de mim?" Neste momento, a geração dos 14 aos 18 é (apenas) constituida por fracassados, inuteis, futeis, materialistas e superioridade.

Volto a repetir, são as (simples?) banalidades do dia-a-dia.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

(3h13 a.m)


Estou neste preciso momento embrulhada em papéis escritos, rasgados, repletos de sentimentos e sou incapaz de pegar neles com a minha própria delicadeza e deitá-los fora. Estou seguindo a letra da música para tentar interiorizar na minha mente certas acções mal explicadas. Deixa-me ver se aguento mais umas horas acordada (...) "Sai mais um café para mim, se faz favor" , tentando fingir que está alguém acordado, mas não.
A noite é cada vez mais escura, as estrelas vão desaparecendo lentamente, até permanecer só a estrela mais cintilante, a mais "chamativa", a mais "verdadeira". Sim, as estrelas guardam segredos. Eu cá, confesso, tenho o saudável vício de comparar estrelas com árvores. Chamem-lhe o que quiserem. E a lua ? Essa é invisível aos meus olhos. E as nuvens? Essas são impossíveis de alcançar. Esfrego novamente os meus olhos, talvez seja o sono que não me deixa ver certas coisas. E se o sono permanece-se em mim 24horas sobre 24horas? Será que taparia também sentimentos, momentos desagradáveis? Eu sei lá, um dia hei-de pedir ao sono para ficar sempre em mim.
Eu não me acredito em histórias de príncipes encantados, de felicidade eterna, de amores correspondidos, histórias de "meninas". Eu não me acredito no famoso "para sempre", não me acredito em palavras ditas da boca para fora, mas que não são completadas com acções. Se calhar já cheguei a acreditar, mas isso não importa. Já não importam as noites acordadas a desabafar, com as lágrimas a quererem-se soltar, já não importam os sorrisos trocados, os olhares, os "meus e minhas" . É tudo demasiado abstracto para neste momento, entrar na minha cabeça. É duro dizer, mas é a mais pura das verdades. Eu um dia ainda cheguei a acreditar em tudo o que me faziam sentir, teria eu os olhos tapados? E se o tempo voltasse para trás, será que seria tudo igual? Oh, ninguém tem respostas para isto, esqueci-me de que agora somos todos uns fracassados, uns sem sentimentos, uns descartáveis, uns fúteis. são as (simples?) banalidades do dia-a-dia.




(Espera, eu tenho um desejo, hei-de pedir na próxima noite à estrela que permanecerá mais tempo acordada. "Oh tempo, volta pra trás e faz-me acreditar na ingenuidade de outros tempos,novamente".)

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

historias ?


E lá está ele novamente. Descontraido, querendo sempre meter o bigode onde não é chamado, continua a penetrar noutras almas, olhando por entre os corpos, procurando com os seus olhos grandes e pretos, a alma mais desejada, a mais bela. Não pensa nas consequências dos seus actos. Só pensa em atingir o seu único objectivo. Muitas almas só querem que ele o concretize, só querem um segundo de paz, tentando desanuviar de toda a maldade que ele fez. Ele caminha, caminha.. Ancioso, só consegue ver a beleza da alma que a sente cada vez mais próxima. Ele sai fora de si, ele fica descontrolado e perde todos os sentidos. É este o momento mais chocante da história, o momento em que toda a gente à sua volta sofre. Entra por entre os ventos, sobe por entre as árvores, voa por entre as nuvens, alcança ceus, mundos, poderes. É o interminável chefe, o todo-poderoso. Não é só filosofia, muito menos história da 2ª guerra mundial. Ele existe, toda a gente quer saber onde ele se encontra. Todas as almas querem descobrir como alguém consegue ser tão cruel, como alguém consegue dominar mundos e mundos sem fim, consegue controlar o mais incontrolável, consegue fazer tudo para encontrar a sua princesa. Ninguém sabe se é amor, ou pura fixação. É algo que não sai das almas das pessoas. mas afinal, quem és tu ?

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

(artes.)


Abraço uma perdição que me foi oferecida à nascença. Um dom, uma maldição que me acompanha a cada gesto, cada inspirar. Perco-me em tudo e em nada, a arte da decadência floresce em mim. Tudo tem a sua arte, até mesmo saber cair. Saber perder o controlo de tudo o que nos rodeia, e dançar enquanto tudo à nossa volta desmorona. É a última dança, mas que seja a mais bela de todas, que seja a dança que nos retira o fôlego pela última vez. Sentir o coração a fugir-nos do peito atrás da vida que se perdeu. Amar o negro que nos envolve a alma... e desfalecer no chão envenenado com a nossa alma gémea. É essa a arte de saber cair, a arte da decadência. É esse o meu dom, a minha maldição. E irá continuar assim, nada conseguirá mudar esta maldição. Espera, será "maldição" a palavra mais adequada ?
Eu cá penso que é mais uma forma de encarar a vida.