(1h24 a.m)
"O mal de quase todos nós é que preferimos ser arruinados pelo elogio a ser salvos pela crítica."
sábado, 27 de dezembro de 2008
cansas-me
(1h24 a.m)
segunda-feira, 22 de dezembro de 2008
eu posso, eu devo, tu podes, tu deves

Eu podia simplesmente deixar de dar importância ao que construímos, podia apenas trancar a porta - que deixaste entre-aberta - a sete chaves e a cadeado (caso necessário). Eu podia fingir que era uma história contada na vizinhança pelo qual é metade verdade, metade boato; ou então ignorar a razão de existência dos nossos dias. É verdade, meu caro amigo, eu podia largar as noites mal dormidas e as tremendas dores de cabeça que me provocaste - foste a minha insónia. Eu deveria, melhor dizendo, libertar-me destas maldições e tomar uma especial atenção ao meu percurso de vida; pois na verdade deixaste de ser tu a traçá-lo, tanto que do dia para a noite desconhecias o mesmo. Aliás, os nossos deveres e poderes tornaram-se tão incertos como a razão da nossa atracção. Tu podias largar os nossos pedaços de papel, rasgá-los e colocá-los no primeiro caixote do lixo que te aparecesse ao virar da esquina, sendo assim, seguirias tu a tua vida como se o seu início começasse naquele teu acto singelo. Mas julgo que não necessitas de algo tão radical, parece-me - caso eu esteja errada, corrige-me por favor - que o teu início de vida começou mais cedo do que eu esperava; parece-me que ficaste tão facilmente livre que o teu passado riscou-se das páginas do teu livro. Uma vez que os teus sentimentos se dissiparam tão rapidamente, liberta-te de mim! Peço-te... Não me julgues um ser rastejante que cria as suas próprias fantasias e vive no mundo da ilusão, jamais o serei assim. Acabaram-se os meios termos, tu podes e deves, eu posso e devo... nós podemos e devemos traçar o nosso caminho - juntos ou cada um para seu lado. Mas chega de incertezas! O teu conhecimento resultante da nossa experiência vivida está mais que explicado e mais que certo, eu já tirei as minhas próprias conclusões. Ou recuas e voltas, ou esqueces e segues.
quarta-feira, 17 de dezembro de 2008
dia 17.
Sempre nos desencontrámos imensas vezes e navegámos pelas entrelinhas sem nunca as entender no seu verdadeiro significado, ou então jamais nos daremos ao trabalho de perceber palavra a palavra, jamais seremos capazes de tirar as nossas próprias conclusões. Nunca fomos verdadeiramente independentes para unirmos os nossos caminhos e definir objectivos e prioridades, sempre nos deixamos levar pelo tempo e talvez tenha sido o tempo o nosso maior castigo. Deixámo-nos levar pela eternidade que nos perseguia e por palavras soltas no ar que se encontravam justamente no nosso local preferido. A nossa rotina era o nosso bem mais precioso. Os limites eram quase como inexistentes, a morte era o limite e a intenção de finalidade não era sequer vocabulário do nosso dicionário. É de facto certo e sabido os quantos e tantos sentimentos vividos e as quantas e tantas palavras pronunciadas repletos de algo, algo que é indecifrável no nosso presente constantemente agarrado aos passados; passados esses que são literalmente remexidos – algo subtil para manter sempre a posição de firmeza. Posição essa destruída dia-para-dia, pois a coragem torna-se na nossa maior fraqueza. Vivemos num ciclo vicioso inquebrável e a nossa maior ambição desgasta-se com os pormenores que insistimos em atribuir importância. Os nossos maiores desejos e objectivos de vida continuarão sem destino e sem existência definida, será o seu encontro algo inevitável ou iremos continuar com estes joguinhos diários de constante perturbação?
Hoje? Hoje bateu saudade.
Hoje? Hoje bateu saudade.
domingo, 7 de dezembro de 2008
eternamente

A nossa maior obrigação, o tempo dos anos. A nossa maior lição de vida; a escada que teima em terminar quando o último degrau não é ultrapassado com sucesso. O crescer e envelhecer de degrau para degrau e a tentativa de glória de 365 em 365 dias.
Julgamos nós, seres mais constantes em toda a história da vida terrestre, sermos o maior controlador do tempo, deixando-o passar a quando a nossa vontade. Vivemos constantemente enganados e no pensamento de algo inexistente; julgamo-nos inconstantes e pessoas que mudam de personalidade quando o tempo nos ultrapassa em todas estas barreiras. Na realidade, o tempo passa e a nossa vida escasseia. Os dedos já tremem quando, há anos atrás, eram os vencedores em remates de voleibol. O cabelo já perde a cor e nós, querendo parecer sempre bem, despejamos uma tinta idêntica à cor antiga por entre ele. A face já descai, outrora viva e sorridente. Sorridente agora? Os dentes já nem força têm para permanecerem intactos. E escondemo-nos constantemente do tempo, sem nos apercebermos. Usamos as mais belas máscaras e todos os enfeites de natal necessários para que não reparem que o tempo passou e nós... modificamos!
Crescemos porque nos obrigam a crescer; por nós, mantinhamo-nos sossegadinhos no décimo quinto degrau da escada. Degrau esse que deveria ser aproveitado e vivido ao máximo, fugindo ao comum, às futilidades e às manias do crescimento. Degrau esse que é aproveitado como quem aproveita o décimo oitavo. Quando lá chegarem, que irão aproveitar? Irão constantemente viver presos ao futuro e agarrados ao sonho da liberdade e independência dos dezoito anos. Estas últimas, já nem piada terão no décimo oitavo degrau, serão tão constantes e vulgares que o seu filme de piadas acabará mais cedo do que imaginam, oh! Continuarão a escutar a sua vida de adolescente com tacões de 10 centímetros e perderão a piada da arte e ciência de combinar harmoniosamente os sons, pelo simples facto de os desgastarem de tão usado ele é. A filosofia da adolescência só mudará no dia em que alguém trave o tempo. (acto este impossível de se concretizar).
A evolução das palavras, actos; o saber combinar e articular vocábulos: a aprendizagem do tempo.
Perdermos a noção e agarrarmos o momento como o último vivido, oh, que sensação de liberdade nos traz! No entanto, na nossa ingenuidade, é o ser mais contado e observado; quais equações matemáticas ou gente da “Revista cor-de-rosa”, ninguém o ultrapassa! Perspicaz, atento, o tempo nunca falha! Juntando-se à meteorologia fazem a dupla perfeita. Ironia a minha quando declaro que gosto de estar por baixo das gotas que caem da atmosfera e o meu querido ponteiro dos minutos me engana, avançando cada vez mais devagarinho, no meu desejoso percurso de chegada a casa.
Um ser sem definição, o que nasceu para jamais morrer, o eterno. O nosso maior amigo e confidente nas alturas próprias e o nosso maior inimigo quando assim o merecemos; não tentem meter-se com ele, é um aviso! O Homem não castiga, o tempo sim. O Homem não perdoa, não pede desculpa, não avança sozinho; o tempo sim.
O companheiro, aquele com quem mais sonhamos e nunca, nunca nos deixará sós. A nossa alma irá falecer e o tempo irá continuar, connosco. Pois, com o tempo, apercebemo-nos de que o tempo não escasseia, não farta e é o nosso eterno melhor amigo.
(não julgues que dou importância ao actual dia-a-dia só porque me dou ao trabalho de o escrever, simplesmente me dá um certo prazer gozar com as ironias do tempo da adolescência)
Julgamos nós, seres mais constantes em toda a história da vida terrestre, sermos o maior controlador do tempo, deixando-o passar a quando a nossa vontade. Vivemos constantemente enganados e no pensamento de algo inexistente; julgamo-nos inconstantes e pessoas que mudam de personalidade quando o tempo nos ultrapassa em todas estas barreiras. Na realidade, o tempo passa e a nossa vida escasseia. Os dedos já tremem quando, há anos atrás, eram os vencedores em remates de voleibol. O cabelo já perde a cor e nós, querendo parecer sempre bem, despejamos uma tinta idêntica à cor antiga por entre ele. A face já descai, outrora viva e sorridente. Sorridente agora? Os dentes já nem força têm para permanecerem intactos. E escondemo-nos constantemente do tempo, sem nos apercebermos. Usamos as mais belas máscaras e todos os enfeites de natal necessários para que não reparem que o tempo passou e nós... modificamos!
Crescemos porque nos obrigam a crescer; por nós, mantinhamo-nos sossegadinhos no décimo quinto degrau da escada. Degrau esse que deveria ser aproveitado e vivido ao máximo, fugindo ao comum, às futilidades e às manias do crescimento. Degrau esse que é aproveitado como quem aproveita o décimo oitavo. Quando lá chegarem, que irão aproveitar? Irão constantemente viver presos ao futuro e agarrados ao sonho da liberdade e independência dos dezoito anos. Estas últimas, já nem piada terão no décimo oitavo degrau, serão tão constantes e vulgares que o seu filme de piadas acabará mais cedo do que imaginam, oh! Continuarão a escutar a sua vida de adolescente com tacões de 10 centímetros e perderão a piada da arte e ciência de combinar harmoniosamente os sons, pelo simples facto de os desgastarem de tão usado ele é. A filosofia da adolescência só mudará no dia em que alguém trave o tempo. (acto este impossível de se concretizar).
A evolução das palavras, actos; o saber combinar e articular vocábulos: a aprendizagem do tempo.
Perdermos a noção e agarrarmos o momento como o último vivido, oh, que sensação de liberdade nos traz! No entanto, na nossa ingenuidade, é o ser mais contado e observado; quais equações matemáticas ou gente da “Revista cor-de-rosa”, ninguém o ultrapassa! Perspicaz, atento, o tempo nunca falha! Juntando-se à meteorologia fazem a dupla perfeita. Ironia a minha quando declaro que gosto de estar por baixo das gotas que caem da atmosfera e o meu querido ponteiro dos minutos me engana, avançando cada vez mais devagarinho, no meu desejoso percurso de chegada a casa.
Um ser sem definição, o que nasceu para jamais morrer, o eterno. O nosso maior amigo e confidente nas alturas próprias e o nosso maior inimigo quando assim o merecemos; não tentem meter-se com ele, é um aviso! O Homem não castiga, o tempo sim. O Homem não perdoa, não pede desculpa, não avança sozinho; o tempo sim.
O companheiro, aquele com quem mais sonhamos e nunca, nunca nos deixará sós. A nossa alma irá falecer e o tempo irá continuar, connosco. Pois, com o tempo, apercebemo-nos de que o tempo não escasseia, não farta e é o nosso eterno melhor amigo.
(não julgues que dou importância ao actual dia-a-dia só porque me dou ao trabalho de o escrever, simplesmente me dá um certo prazer gozar com as ironias do tempo da adolescência)
segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
my sweet past perfect

Afirmo agora que hoje sou só eu, que hoje não existe mais ninguém tão forte, tão glorioso nem grandioso como eu. Aposto até que ninguém voltará a pisar seus pés na Lua como eu o fiz na noite passada, noite essa em que mais me recordei de ti e necessitava mesmo de refrescar a minha memória, onde as estrelas conseguiram brilhar sem a tua presença, fantástico! Afastem-se rodeios, retirai-me estas indefinições e esta reviravolta de sentimentos que se apoderou de mim nestes últimos tempos, porque hoje, ninguém é capaz de definir tão bem os vocábulos quanto eu. Não há ninguém mais certo da sua vivência do que eu. Eu, que hoje, finalmente fui capaz de observar os mais pequenos detalhes que constituem o meu pretérito perfeito e nem uma lágrima derramei. (Confesso que permaneci uns minutos irritada, talvez pelas mil e uma histórias mal contadas que, por mais simples e objectivas que sejam, sobrepõem-se sempre à minha capacidade de compreensão). Talvez nunca tenhas notado que possuo uma força tão grandiosa e as coisas mais belas existentes neste Mundo que jamais perderei a guerra, muito menos jamais te irei oferecer como prenda de natal a vitória, meu querido pretérito (mais) que perfeito.
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