O primeiro grande amor nunca se esquece. Típico. Simplesmente fica preso à nossa memória, mesmo que esse mesmo amor não seja vivido por ambas as partes. É bom guardá-lo, sentir o seu calor que nos transforma, por vezes, quando um simples gesto nos faz recordar esse sentimento. O primeiro amor não tem tempo, não tem pressa e é paciente. Vive em dois corações e em dois mundos, simultaneamente, e volta quando tem de voltar. Volta quando há saudade, ou volta simplesmente para matar o bichinho que não pára de roer o nosso coração. Há amores, há grandes amores e desamores, mas o primeiro grande amor gosta sempre de triunfar, até quando se julga que nunca mais voltará a vencer. Não se importa com opiniões nem se influencia pelas mesmas. O primeiro grande amor não escolhe os corações que quer amar e talvez seja esta a sua principal característica e seja isto que apimenta a paixão. E cá com os meus botões, o primeiro amor nunca se esquece, simplesmente porque nos marca e porque, independentemente das alturas em que volta, rasga-nos sempre um sorriso de orelha a orelha que nos acompanha todos os dias. É como o chocolate, como os saudáveis vícios, torna-se irresistível.
"O mal de quase todos nós é que preferimos ser arruinados pelo elogio a ser salvos pela crítica."
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
domingo, 18 de outubro de 2009
sempre presente
M says: "Podes sentir-te orgulhosa, pela tua atitude de rainha em relaçao a tudo! (...) Acredita que és motivo de orgulho."
És a minha pequenina de coração, a que nunca cairá no esquecimento... e sabes uma coisa? É tão bom saber que conseguimos confiar tudo uma na outra exactamente da mesma forma como fazíamos há um ano atrás.
"friends will be friends"
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
deixar correr
"Não sei como se diz desistir na tua língua nem quero aprender, porque na minha demorei muito tempo a aceitar que, às vezes, desistir é o mesmo que vencer sem travar batalhas. Antigamente pensava que não, que quem desiste perde sempre, que a subtracção é a arma mais cobarde dos amantes, e o silêncio a forma mais injusta de deixar fenecer os sonhos. Mas a vida ensinou-me o contrário. Hoje sei que desistir é apenas um caminho possível, às vezes o único que os homens conhecem.
Contigo aprendi que o amor é uma força misteriosa e divina que não escolhe país nem idioma, que não se importa com a idade nem precisa de ser alimentado todos os dias para crescer e ser vivido em todo o seu esplendor. Aprendi a nunca pedir que me amasses e a nunca cobrar a distância. Aprendi novas formas de viver e de estar, de amar e de ser feliz.
Sei que também aprendeste muito comigo, mais do que imaginas e do que agora consegues alcançar. Só o tempo te vai dar tudo o que de mim guardaste, esse tempo que é uma caixa que se abre ao contrário: de um lado estás tu, e do outro estou eu, a ver-te sem te poder tocar, a abraçar-te todas as noites antes de adormeceres e a cada manhã que acordares.
(...) E não pode haver amor mais certo do que aquele que nos faz felizes. É só deixar correr, como, afinal, tudo o que é verdadeiramente importante na vida."
(Margarida Rebelo Pinto)
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
(des)gostando
Estou aqui, a gostar de ti. A prevalecer com este sentimento tão contraditório aos meus actos. Mas sabes, eu gosto de ti, exactamente com gostava no mês passado, na Primavera passada, no ano passado... e estou aqui, sentada a pensar, sem saber se gosto ou não de gostar de ti.
segunda-feira, 12 de outubro de 2009
a casa é tua, tesouro
'Cause you are my heaven.»
Hoje escrevo-te uma carta, no meio de tantas outras rabiscadas por mim ao longo deste tempo. Hoje é só mais uma para juntar à colecção que guardo junto a mim, todos os dias. Gostava muito que um dia lesses o que te escrevi, nunca tiveste conhecimento deste meu gostinho pela escrita. Talvez porque não estavas presente quando o bichinho das palavras despertou em mim, infelizmente.
Sinto a tua falta, todos os dias desde o dia em que partiste. E mesmo quando voltas, os poucos dias que cá ficas não matam as saudades dos largos meses que deixas em cada uma das pessoas desta casa. Cada um de nós guarda um pouco de ti. A casa perdeu aquela brisa alegre que só tu tinhas a capacidade de trazer, perdeu a esperança que só as tuas palavras conseguiam suscitar. Foste a única pessoa que realmente me fez ver a vida com outros olhos, a encarar os obstáculos com determinação e tenho muito orgulho em dizer que formaste a minha personalidade, moldando-a ao melhor carácter, que é o teu. Transmitiste-me uma força tal que nem o passar do tempo a destruiu – apesar das minhas quebras, eu não sou de ferro, e graças a deus pois cada perda de força só me alicia a chegar ainda mais longe.
Não esqueço o teu perfume tão característico que marcava a tua presença nesta casa, não esqueço o teu sorriso que me enchia de uma extrema felicidade assim que aparecias à porta do meu quarto. É impossível não me recordar dos teus abraços nas horas certas, quando os gestos mais simples valem mais que mil palavras. E crescemos neste ambiente, de enorme ternura e respeito mutuo que os nossos queridos pais sempre nos ensinaram. Agora que olho para trás e comparo com o presente deduzo a falta que fazes, o vazio que deixaste neste lar… és insubstituível. Nunca nos esquecemos de ti, meu querido. Todos os dias olhamos para a tua fotografia que continua colocada exactamente no mesmo sítio onde a deixaste há três anos atrás, e todos os dias oferecemos um sorriso a essa imagem na esperança que o recebas e te lembres de nós.
A casa é tua, será sempre tua e eu estarei aqui, todos os dias de braços abertos para te receber e acarinhar da mesma forma como me fazias quando eu era pequenina e me esperavas à porta da escola como meu anjo da guarda. E eu corria para os teus braços, certa da segurança que me transmitias quando apertavas as minhas mãos gélidas, é uma característica minha. Serei sempre a tua pequenina que te irá irritar nos dias em que a tua paciência é a mínima, ou te irá encher de miminhos desejando algo mais tarde. Estaremos sempre juntos, desde o dia em que pegavas em mim ao colo e me tratavas com carinho até ao dia em que um de nós largue este Mundo.
Sabes, tenho a certeza que este Mundo seria bem melhor se fosses tu a governá-lo. Com essa tua generosidade, esse teu enorme carácter que me fascina e me enche de orgulho, a guerra acabava, a paz incidia sobre este planeta e provavelmente estarias agora aqui, ao meu lado, a secar-me as lágrimas que me correm pela cara a cada palavra que escrevo sobre ti. E provavelmente continuavas a ter conhecimento de cada dia da minha vida, cada episodio meu e estarias aqui, todos os dias, a estender-me a mão a cada socorro meu. Eu teria a certeza que cuidarias deste Mundo como cuidas da tua família, seria o teu maior tesouro. O meu tesouro és tu, a minha maior relíquia és tu e terei sempre aquela imagem de nós os dois mais o nosso companheiro de sangue juntos, com um sorriso de orelha a orelha a usufruir da inocência da infância que nos perseguia diariamente.
Agora estamos os três grandes e aptos para tomar decisões na nossa vida pela nossa própria cabeça. E apesar do tempo, da distância e das circunstancias que a vida nos pregou, a nossa ternura e a nossa inocência nunca acabará, pois não há maior certeza do que esta: amor só há um, é o amor de irmãos e nós temos o prazer de viver o amor mais belo deles todos.
Tenho muitas saudades tuas, espero-te no Natal, como em todos os anos, à porta de casa com os olhinhos a cintilarem de alegria. Até lá, tesouro.
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