Posso afirmar que és das melhores pessoas que me conhece, mas tenho que confessar que te faltou descobrir mais do que aquilo que pensas. Faltou-te explorar, talvez, os meus pontos mais obscuros onde ninguém lá chegou. E não basta saber-se o que se sabe.
Talvez saibas que foste o grande amor da minha vida, ou talvez não. Talvez conheças todos os meus particulares desejos, ou talvez não. Nunca saberás exactamente o bichinho que entrou dentro de mim quando tu entraste na minha vida. É um facto e contra factos não há argumentos. Há muita coisa que nunca soubeste, nem nunca saberás. Talvez o nosso tempo fosse demasiado escasso, ou talvez tenha sido mal aproveitado em certas ocasiões. Isso, nem eu sei pois o tempo nunca me deu tempo suficiente para decifrar essa incógnita. Há pequenos detalhes que nos passam ao lado, que são como aqueles papéis insignificantes que calcamos todos os dias sem darmos conta. Olhamos demasiado e nunca nos damos ao trabalho de observar e reparar, cuidar dos pormenores e rectificar as impurezas, pois achamos sempre que é desnecessário. E se o nosso acto mais insignificante por aquele que provavelmente destruirá o nosso maior desejo?
A verdade está ao nosso alcance e oportunidades todos temos, o difícil é saber mantê-las.
Talvez não tenhamos tempo suficiente para descobrirmos que há coisas que não conhecemos, porque há coisas que não sabemos. E esse tempo que nos foi roubado, talvez volte só para esclarecer o que desapareceu no nevoeiro. Como que antepassados que voltam só para contar a historinha de novo. Aí, escuta com atenção, por favor.
1 comentário:
embalei-me neste texto. muito bonito catas:)
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